Com diferentes frentes de atuação, iniciativa busca promover o consumo de pescado no país
O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, comemorou na última sexta-feira, 29, um ano do Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde, que faz parte de proposta aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
A missão do Pescado para Saúde é promover e aumentar o consumo de pescado, incluindo produtos de aquicultura fortificados nutricionalmente, como uma opção saudável de alimentação, na luta contra a obesidade, doenças coronárias e males associados no Estado de SP e no Brasil. O Núcleo envolve várias instituições, sendo o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) a instituição sede, em co-execução com o Instituto de Pesca, e parceria com a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Além das entidades de pesquisa, participam do Núcleo empresas brasileiras, como Polinutri e Neogen, e estrangeiras, como Biomar (Noruega), Veramaris (Países Baixos), Lesaffre (França) e AquaHana (Estados Unidos). Entre os parceiros, está a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag).
Segundo a diretora-geral do IP, Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva, “o Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde é inovador já que está focado na importância do pescado como alimento; superando todas as questões de vantagens nutricionais em relação a outras carnes e, também, trabalhando num contexto de todos os benefícios relacionados à saúde, uma vez que fomenta o aumento de consumo de pescado para a população de São Paulo e do Brasil”. Conforme aponta, uma das justificativas da iniciativa é o fato de que as doenças cardíacas têm sido a principal causa de morte em todo o mundo nos últimos 20 anos e que os óbitos relacionados ao diabetes tenham aumentado em 70%, globalmente, entre 2000 e 2019.
Um ano de ações abrangentes visando mais pescado na alimentação
Desde a sua aprovação, o Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde tem desempenhado uma variedade de atividades com o objetivo de cumprir sua missão de fomentar e elevar o consumo de pescado.
Como primeira tarefa foi desenvolvido estudo de mercado sobre os principais produtos de pescado consumidos em São Paulo, de acordo com localidade geográfica e nível de renda, incluindo grandes cidades, zonal rural e comunidades costeiras.
Na segunda ação foram realizados orçamentos para análises laboratoriais de espécies de pescado no Estado. Além disso, foram adquiridos equipamentos e materiais para as ações relacionadas ao processamento do pescado.
Em sua terceira atividade a equipe monitorou a composição nutricional da Tilápia e do Camarão Branco do Pacífico, além de estudar as rações utilizadas para produzi-los. Na última ação, relacionada à visibilidade do projeto, foi elaborado um plano de comunicação, por meio do qual as atividades realizadas pela equipe, bem como os conteúdos de comunicação científica, são divulgados em diferentes canais.
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Núcleo de Comunicação Científica
Gabriela Souza /Andressa Claudino
Cel.: (11) 94147-8525
São oferecidas dez vagas para o curso stricto sensu, que é nota 4 pelo sistema de avaliação da Capes
O Programa de Pós-Graduação do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, recebe inscrições até 31 de outubro para processo seletivo 2024 do mestrado stricto sensu em Ciência e Tecnologia de Alimentos – confira o edital.
São oferecidas dez vagas e os selecionados poderão optar entre 17 linhas de pesquisa, incluindo temas como microbiologia de alimentos, desenvolvimento de produtos e de sistemas de embalagem e aproveitamento de subprodutos da agroindústria através de bioprocessos para obtenção de ingredientes funcionais, bioativos e seguros.
Além de prova escrita em 27 de novembro, que terá lista de aprovados divulgada dois dias depois, haverá arguições e análise de currículos entre 4 e 6 de dezembro, com divulgação do resultado final em 7 de dezembro e início das aulas em 4 de março de 2024.
Atendimento às demandas da sociedade e do mercado
Com nota 4 pelo sistema de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o mestrado do Ital teve início em 2015 e conta com corpo docente composto por pesquisadores altamente qualificados e experientes.
Além de ter atividades teóricas e práticas dentro de uma instituição de referência nas áreas de alimentos, bebidas, ingredientes e embalagem, que acaba de completar 60 anos de história, o curso é focado no desenvolvimento de produtos inovadores que priorizam a segurança, a saudabilidade e a sustentabilidade, levando em consideração o contexto global da indústria alimentícia.
“Trata-se de uma grande oportunidade para graduados evoluírem em sua carreira acadêmica e estarem melhor preparados para atuar junto ao setor produtivo ou a instituições de ensino e pesquisa”, frisa Silvia Tfouni, docente e coordenadora do Programa de Pós-Graduação do Ital, que também é pesquisadora do Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos (CCQA) do Instituto.
Por Jaqueline Harumi – MTb 59.960/SP
Núcleo de Comunicação Científica do Ital
Cadeia bem estruturada faz tilápia ser a líder em produção e vendas externas do país
O Brasil se destaca como um dos países com um imenso potencial de expansão na piscicultura em águas continentais na escala global. Esse cenário favorável não apenas decorre da sua vasta reserva de água doce, que é a maior do mundo, mas também se justifica pela abundante oferta de grãos para a produção de rações e pela presença de uma cadeia produtiva já bem estruturada.
Um estudo realizado pela Embrapa Pesca e Aquicultura, em colaboração com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), revelou que o faturamento das exportações da indústria de piscicultura do Brasil aumentou em 15% durante o ano de 2022, atingindo um total de U$S 23,8 milhões. Esse desempenho representa o maior marco histórico alcançado pelo setor.
A espécie de peixe mais significativa em termos de vendas para outros países é a tilápia (Oreochromis niloticus), que teve um notável crescimento de 28% nas exportações em comparação ao ano de 2021, atingindo um montante total de 23,2 milhões de dólares. Quarto colocado nacional entre os estados com maior participação nas exportações de tilápia, São Paulo registrou, em 2022, crescimento de 127% em relação ao ano anterior - o maior aumento observado. A liderança é do Paraná, que contribuiu com 58% do valor total exportado, seguido por Mato Grosso do Sul, responsável por 18%, e Bahia, com uma participação de 11%. A nível nacional, as projeções indicam que as vendas continuarão a crescer em 2023, com expectativas otimistas tanto para o mercado interno quanto para o externo, com destaque para as exportações de tilápia inteira e filés congelados.
Aumento na produção de peixes de cultivo
No ano de 2022, a produção de peixes de cultivo no Brasil alcançou a marca de 860.355 toneladas, resultando em uma receita estimada de aproximadamente R$ 9 bilhões. Nos últimos anos, o setor registrou um aumento significativo, de 48,6%, passando de 578.800 toneladas em 2014 para o montante atual. Essa atividade econômica gera ainda cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos, de acordo com os dados fornecidos pela Peixe BR.
O Brasil ocupa o quarto lugar entre os maiores produtores globais de tilápia, sendo a espécie responsável por abranger 64% da produção total do país. Os peixes nativos, com destaque para o tambaqui, contribuem com 31% do total produzido nacionalmente, enquanto outras variedades representam 5%.
Ainda de acordo com a Peixe BR, São Paulo é atualmente o segundo maior produtor nacional tanto de peixes de cultivo em geral, com 83.400 t, quanto de tilápia, com 77.300 t produzidas em 2022. Nos dois quesitos a liderança é do Paraná, com uma produção total de 194.100 t de peixes de cultivo no ano passado.
Segundo a diretora-geral do Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva, o aumento da produção, principalmente da tilápia, gera benefícios para cadeia de valor da piscicultura. Isto se dá pelo incremento de empresas e produtores interessados na produção da espécie, seja em reservatórios no modelo de tanque-rede, seja pela produção de alevinos em viveiros escavados, seja na utilização de novas tecnologias de produção. “No Instituto de Pesca, esta espécie vem sendo amplamente estudada, principalmente em relação aos aspectos de sua sanidade, com objetivo maior de produção de vacinas; desenvolvimento de kits de diagnóstico de doenças emergentes; probióticos e prebióticos; e desenvolvimento de rações que possam melhorar e baratear o custo final de produção”, ressalta Cristiane.
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Andressa Claudino – Instituto de Pesca
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Primeira edição do evento discutiu tendências e oportunidades para a oferta de soluções digitais na aquicultura
No último dia 27 de setembro, foi realizado, em Campinas, o primeiro Fórum de Aquicultura 4.0, organizado pela Embrapa Agricultura Digital e Embrapa Pesca e Aquicultura, com apoio da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) e Sebrae Nacional.
O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, marcou presença por meio de seus representantes Daniela Castellani, diretora do Centro Avançado de Desenvolvimento do Pescado Continental; Fabiana Garcia, pesquisadora e editora-chefe do Boletim do Instituto de Pesca; e o pesquisador Fabio Sussel.
O evento reuniu diversos atores da cadeia aquícola para debater tendências e oportunidades para a inovação e a oferta de soluções digitais para o setor. Dentre eles estavam o presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros, a secretária de Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura, Teresa Nelma, a chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem Luiz, a coordenadora de Agronegócio do Sebrae, Newman Costa, e representantes da Embrapa e de outras organizações.
Para fomentar as discussões, Sussel ministrou a palestra de abertura sobre inovação e mercado. “Além das ricas discussões envolvendo inovações na aquicultura a partir de soluções digitais, também foi muito interessante o envolvimento entre instituições públicas de pesquisa, governo, entidades representativas do setor e iniciativa privada, onde todos tiveram oportunidade de participar da programação oficial do evento”, explica o pesquisador.
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Andressa Claudino
Comunicação - Instituto de Pesca
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