• Redação Globo Rural
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agricultura_plantacao_batata_doce (Foto: Arquivo Apta)

Projetos de pesquisa na região começaram em 2001 (Foto: Arquivo APTA)

O uso de ramas de batata-doce livres de vírus disponibilizadas pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) conseguiu elevar em cerca de 50% o rendimento das lavouras do tubérculo na região de Presidente Prudente, maior produtora do país no segmento. Em levantamento realizado entre 2010 e 2012 pela agência, 28 produtores da região apontaram o controle fitossanitário da cultura como a maior dificuldade no cultivo de batata-doce.

A variedade foi desenvolvida por pesquisadores da APTA após estudos sobre a multiplicação e o uso de ramas oriundas de matrizes livres de vírus. Como resultado, obtiveram um aumento na produção de quase dez toneladas por hectare, comparado com plantas de cultivos comerciais da região. 

A pesquisadora da APTA, Sônia Maria Nalesso Marangoni Montes, relata que, no início, poucos produtores aceitaram testar as matrizes. Contudo, com os bons resultados alcançados, outras propriedades começaram a montar viveiros com o novo tipo. “Essas plantas matrizes fornecem ramas que são plantadas no campo para que ocorra a multiplicação. Quando a quantidade suficiente é conseguida, essas ramas do campo de multiplicação são utilizadas no plantio comercial”, explica  Sônia.

Antes da pesquisa, os agricultores utilizavam plantas de lavouras comerciais, sem considerar condições de nutrição e sanidade. “A utilização dessas ramas, frequentemente, resulta em lavouras com produtividade inferior ao potencial produtivo da cultura e raízes desvalorizadas devido à presença de pragas e doenças”, afirma.

Os projetos de pesquisa na região começaram em 2001 com teste de comportamento de variedades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).