O documento destaca a importância da agricultura no estado de São Paulo, relatando histórias de agricultores que têm orgulho de sua profissão. A Secretaria de Agricultura presta auxílio técnico e financeiro, principalmente aos pequenos produtores, que representam a maioria das propriedades rurais no estado. O documento celebra o Dia do Agricultor ressaltando a contribuição deles para a economia e para alimentar a população.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Agricultores paulistas destacam importância da atividade no Dia do Agricultor
1. Diário Oficial Poder Executivo - Seção III – São Paulo, 126 (140) quinta-feira, 28 de julho de 2016IV – São Paulo, 126 (140)
No Dia do Agricultor, produtores
ressaltam importância da atividade
Secretaria de Agricultura
e Abastecimento
presta auxílio técnico e
financeiro, principalmente
para os pequenos
trabalhadores do campo
u acho que a agricultura deve
ser muito valorizada, porque o
que sustenta o País é a agricul-
tura e a pecuária. O que ganhamos é
suado, não é fácil, não”, opina Valter
Dezani, de 63 anos, que se dedica à
pecuária de corte e à plantação de
cana-de-açúcar em Floreal, na re-
gião de General Salgado. Hoje, 28,
comemora-se o Dia do Agricultor, e
o Estado de São Paulo tem participa-
ção significativa nessa atividade no
contexto nacional.
Apesardasdificuldades,Dezanié
enfático na defesa do que faz: “Tenho
orgulho em ser agricultor”. Em sua
família, é algo que vem de longe. O
avô paterno, que chegou da Itália, e
o materno já lidavam com a terra, e a
paixão pelo campo passou de pai para
filho. Nascido em Monte Aprazível,
mudou-se na década de 1970 para
Floreal. Alguns anos depois, recebeu
9 alqueires de herança. “Depois, fui
comprando aos poucos. Tenho vários
sítios pequenos na região”, conta. No
total, é proprietário de 380 hectares.
Para técnicos da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento (SAA),
Dezani é um típico representante da
agricultura paulista. Prova disso é sua
confiança na atividade de extensão
rural para a adoção das práticas reco-
mendadas, que o tornaram exemplo
em sua região. “Ser agricultor para
mim é uma missão. É o que eu sei e
amo fazer. Produzir alimentos é grati-
ficante, pois contribuímos com a con-
tinuidade da vida”, afirma o produtor.
Marcas – Em 28 de julho
de 1860, D. Pedro II criou a Se-
cretaria de Estado dos Negócios
da Agricultura, Comércio e Obras
Públicas do Brasil. Esse órgão,
depois de diversas mudanças de
nomenclatura e atribuições, passou
a se chamar, em 1930, Ministério da
Agricultura. Atualmente, o nome é
Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa). Para
comemorar os cem anos de sua cria-
ção, em 1960, decreto do presiden-
te Juscelino Kubitschek determinou
que em 28 de julho passasse a ser comemo-
rado o Dia do Agricultor.
Desde pelo menos a década de 1960, o
País deixou de ser importador de alimentos
para se tornar exportador. São Paulo, que
tem apenas 3% do território brasileiro, res-
ponde por 30% do Produto Interno Bruto
(PIB) agropecuário do País. O Estado osten-
ta várias marcas importantes: é o maior
produtor mundial de açúcar e álcool e de
suco de laranja; maior exportador mundial
de carne; maior produtor brasileiro de flo-
res, de ovos, de borracha, de madeira e de
máquinas agrícolas.
Em valores absolutos, o PIB do agro-
negócio paulista terminou 2015 produzin-
do riquezas da ordem de R$ 230 bilhões,
cerca de 12% do PIB total do Estado, que
foi de R$ 1,9 trilhão. Na comparação com
os resultados do agronegócio do Brasil,
São Paulo foi responsável por 18,5% do
PIB do setor em 2015.
Frutas – Em Jundiaí, Roberto Losqui,
de 63 anos, nascido e criado ali, é proprietário
de um sítio de 12 hectares, onde planta caqui,
uva, goiaba, ciriguela, carambola e pitanga.
Assim como Dezani, é representante da ter-
ceira geração de uma família de agricultores
– seu avô também veio da Itália para tentar a
vida no Brasil e instalou-se ali.
Sobre a importância de sua atividade,
Losqui afirma: “Nós, agricultores, pode-
mos viver sem a cidade, mas a cidade não
pode viver sem agricultores”. Para ele, é
necessário que “o poder público entenda
que o agricultor tem um grande valor para
a sociedade”. Uma de suas sugestões é
aprimorar os meios de colocar a produção
do campo em contato mais direto com o
consumidor. “Isso vai aumentar a renda do
agricultor e incentivará os jovens a ficarem
no campo”, avalia.
Com o auxílio de um pesquisador do
Instituto Agronômico (IAC), vinculado à
SAA, Losqui desenvolve um trabalho cha-
mado construção do solo produtivo, com o
qual planeja incrementar, de forma signi-
ficativa, a produção. “Pretendemos chegar
2018 com 300 toneladas anuais de fruta”,
prevê. Em 2016, a produção deverá ser de
150 a 200 toneladas.
Apoio – A SAA presta atenção espe-
cial ao agricultor familiar e pequeno produ-
tor. Somados, eles representam pelo menos
82% das propriedades rurais paulistas.
Somente a agricultura familiar – aquela na
qual há no máximo um funcionário contra-
tado – abrange 66% dos estabelecimentos
rurais. É responsável, ainda, por 15% do
valor da produção agropecuária, por 36%
da mão de obra ocupada e pela produção de
alimentos básicos, como leite, frutas, horta-
liças e feijão.
Várias instituições vinculadas à SAA
auxiliam o agricultor em sua atividade. Entre
outros, há seis institutos de pesquisa manti-
dos pela Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (APTA) – Pesca, Zootecnia,
Economia Agrícola, Agronômico, Biológico e
o de Tecnologia de Alimentos. A extensão
rural é acompanhada por meio das Casas da
Agricultura da Coordenadoria de Assistência
Técnica Integral (Cati). A Coordenadoria de
Defesa Agropecuária (CDA) atua no trabalho
de evitar pragas e doenças.
Há também o apoio financeiro. Existem
29 linhas de crédito do Fundo de Expansão
do Agronegócio Paulista (Feap). O programa
Pró-Trator terá, para o ciclo agrícola 2016/
2017, mais de R$ 57 milhões disponíveis
para pagamento dos juros aos produtores
que adquirirem tratores. O Pró-Implemento
ampliou recentemente a lista de itens cujas
compras auxilia. Esse programa tem dispo-
níveis, para o ciclo 2016/2017, mais de R$ 7
milhões para a subvenção.
O Programa Microbacias II, que visa a
proporcionar acesso ao mercado aos agri-
cultores familiares reunidos em associações
e cooperativas, realizou desde 2011 seis cha-
madas públicas, que resultaram em 205 ini-
ciativas de negócio, beneficiando 113 associa-
ções e 62 cooperativas de produtores rurais.
Orgulho – O casal Benedito e Maria
das Dores Mendes, do município de Ribeirão
Grande, tem uma história familiar antiga
com a agricultura. “É uma alegria viver do
nosso trabalho e saber que ele contribui para
que as pessoas tenham alimentos saudáveis.
Apesar das dificuldades, que são grandes no
campo, é uma satisfação ver que nosso filho
adora o sítio e agora pode ter esperanças de
continuartrabalhandoaqui”,contaBenedito.
MariadeFátimaFerreira,44anos,Rosa
Maria Ferreira, 50 anos, e Geni Senciatti
Ferreira, 70 anos, também são produtoras
do município de Ribeirão Grande e resu-
mem o que é ser agricultor: “É um trabalho
duro, mas quando a gente vê o fruto que
nasce, como um filho, só podemos dizer
que nos orgulhamos de sermos mulheres e
produtoras rurais”.
Cláudio Soares
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Assessoria de Imprensa da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento
“E
DODORATEIXEIRA
RICARDODEZANIARQUIVOCECOR-CATI
ARQUIVOCECOR-CATI
Maria de Fátima, Rosa e Geni: “Nos orgulhamos de sermos mulheres e produtoras rurais”
Valter Dezani: “Tenho
orgulho em ser agricultor;
é o que sei e amo fazer”
Família Mendes – “É uma alegria viver do nosso trabalho”
Agricultor familiar
e pequeno produtor
representam 82%
das propriedades
rurais paulistas
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quinta-feira, 28 de julho de 2016 às 02:47:31.