Matéria sobre o convênio assinado pelo IB com as Centrais de Abastecimento de Campinas S/A (Ceasa) para verificar a existência de resíduos de defensivos agrícolas nos produtores recebidos pela empresa foi publicada no jornal Metro, em 25 de agosto de 2016. O pesquisador do instituto, Amir Bertoni Gebara, concedeu entrevista sobre o assunto.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Ceasa: alimentos vão passar por inspeção de defensivos
1. CAMPINAS, QUINTA-FEIRA, 25 DE AGOSTO DE 2016
www.metrojornal.com.br {FOCO} 05|
Por intermédio de convê-
nio firmado entre a Ceasa
(Centrais de Abastecimen-
to de Campinas) e o Institu-
to Biológico de São Paulo, a
Secretaria Estadual de Agri-
cultura e Abastecimento vai
analisar a existência de resí-
duos de defensivos agríco-
las nos alimentos comercia-
lizados pelas empresas que
atuam dentro da Ceasa. De
acordo com a secretaria, o
objetivo do projeto é pro-
mover a qualidade dos pro-
dutos e a segurança alimen-
tar dos consumidores.
Todososmeses,aCeasaco-
letará 12 amostras de alimen-
tos como pimentão, tomate,
alface, morango, manga e
mamão, que serão encami-
nhadas ao Laboratório de Re-
síduos de Pesticidas do Insti-
tuto Biológico, em São Paulo,
onde serão feitas as análises
de resíduos, por meio de tes-
tes que compreendem mais
de 250 pesticidas.
A coleta dos hortifrutis
inicia até o final deste mês e
será feita no momento de en-
trada dos produtos no entre-
posto. “As amostras serão co-
letadas na portaria da Ceasa
Campinas. Desta forma, po-
deremos rastrear os fornece-
dores dos alimentos. Nosso
foco é na origem do produ-
to”, afirma Ricardo de Olivei-
ra Munhoz, engenheiro agrô-
nomo da Ceasa Campinas.
O projeto tem duração
de um ano, com possibili-
dade de prorrogação. De
acordo com a Secretaria de
Agricultura e Abastecimen-
to, o custo anual do convê-
nio é de R$ 120 mil.
O pesquisador do Insti-
tuto Biológico de São Paulo,
Amir Bertoni Gebara, explica
que o consumo de alimentos
que têm aplicação de produ-
tos químicos proibidos e al-
tamente tóxicos pode causar
problemas na saúde dos con-
sumidores, dependendo da
quantidade de resíduos, a fai-
xa etária do consumidor e a
frequência de ingestão do ali-
mento contaminado.
“Alguns agrotóxicos têm
sua aplicação proibida mun-
dialmente, mas ainda po-
dem ser encontrados de for-
ma clandestina. Eles podem
causar doenças crônicas no
consumidor”, comentou.
Em caso de não con-
formidade do alimento, a
Ceasa Campinas, por meio
de instituições parceiras,
fará um trabalho com os
agricultores para promover
boas práticas agrícolas.
“Esperamos que esse pro-
jeto motive a seleção de for-
necedores cada vez mais
adequados ao conceito de
segurança alimentar”, disse
Munhoz. CAMPINAS
Parceria. Pimentão, alface, mamão e manga estão entre os produtos que serão analisados em testes do Instituto Biológico de São Paulo
Tomate também vai passar por análise | ARQUIVO/PUBLIMETRO CAMPINAS
Ceasa: alimentos vão passar
por inspeção de defensivos
60 mil
toneladas de alimentos são
comercializadas todos os meses
na Ceasa. Entreposto recebe
produtos de 900 municípios