Um estudo realizado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura de São Paulo, demonstrou que o plantio consorciado de uma variedade de macadâmia, desenvolvida no Hawai, com café melhoram a produtividade das duas culturas.
Segundo pesquisadores, em condições irrigadas, o salto da produtividade do café foi de 60% e o de macadâmia de 251%, em relação aos cultivos solteiros não irrigados. Os resultados foram publicados na edição de novembro de 2016 da revista americana “Agronomy Journal”, um dos principais periódicos científicos sobre agricultura do mundo.
O pesquisador da Apta, Marcos José Perdoná, explicou que a cultivar de macadâmia HAES 816 foi identificada como a mais apropriada para o cultivo consorciado por ter menor crescimento horizontal, por precisar de pouca poda e ter maior rendimento industrial.
“Esta já é uma cultivar utilizada no Brasil, mas no consórcio, o material se mostrou muito mais promissor. Geralmente, a noz é formada por 75% de casca e 25% de amêndoa. Esta cultivar tem de 35% a 40% de peso de amêndoa, o que é muito interessante para a indústria”, afirmou Perdoná.
A pesquisa avaliou seis cultivares de macadâmia, sendo três delas desenvolvidas no Brasil, pelo Instituto Agronômico (IAC), e outras três pelo Hawaii Agricultural Experiment Station (HAES). “Os materiais do IAC são mais produtivos que os havaianos no cultivo solteiro, porém, no consórcio exigem muitas podas e a produtividade diminui”, avalia o pesquisador.