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É preciso focar na produtividade, levar inovações para o campo, pede Arnaldo Jardim em Polo da APTA

A importância da transferência de tecnologia como forma de aumentar produtividade e gerar renda ao produtor rural deu o tom da visita do secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, na última quinta-feira, 17, ao Polo Regional Centro Sul da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios  (APTA), da Secretaria, em Piracicaba, onde conversou com colaboradores, estudantes e pesquisadores do Polo e pediu a diminuição da distância entre a geração de conhecimento das pesquisas e sua aplicação prática no campo.
Em um encontro aberto a receber sugestões e críticas, Arnaldo Jardim conversou com os pesquisadores para conhecer melhor os projetos que eles vêm desenvolvendo. Para o secretário, esses estudos devem ter sempre o foco na produtividade e serem práticos para o homem do campo – principalmente o pequeno produtor. É preciso diminuir o espaço entre o conhecimento e sua aplicação.
“Fico feliz em constatar que todos vocês também compartilham este olhar, o conceito é esse, é preciso focar na produtividade, levar essas inovações para o campo”, destacou Arnaldo Jardim. Ele completou ainda que “seguindo as orientações do governador Geraldo Alckmin, a Secretaria tem a missão de atender, principalmente, o pequeno produtor e a agricultura familiar”. O secretário pediu aos pesquisadores que esse olhar guie seus projetos.
Uma orientação seguida pelo Polo com sua sede e suas unidades de pesquisa, de Tietê e Tanquinho, atende 40 municípios da região. Para Silvio Tavares, diretor técnico do Departamento de Descentralização e Desenvolvimento (DDD), produção e respeito ao meio ambiente são duas questões que devem estar sempre presentes em todos os estudos. "A melhor pesquisa surge quando o pesquisador vai até o homem do campo e pergunta o que ele precisa, desenvolve a pesquisa e dá a resposta para ele”, resumiu.
Com 20 pesquisadores, o Polo Regional Centro Sul estuda principalmente agricultura orgânica, horticultura, restauração ecológica, manejo integrado de microbacias hidrográficas, cana-de-açúcar - a principal cultura da região e responsável por 39% das pesquisas – e pecuárias bovina e suína, em projetos como o da pesquisadora Simone de Oliveira. Atualmente ela estuda a introdução da soja micronizada na alimentação de suínos com outros dois pesquisadores: Fábio Lemos Budiño, do Instituto de Zootecnia (IZ) da Secretaria, e Júlio Cesar Balieiro, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP de Pirassununga.
Simone trabalha junto a frigoríficos acompanhando o processamento da carne suína e agora estuda como esse tipo de soja, desengordurada e com alto teor de proteína, pode melhorar a qualidade da carne do porco. Outro ganho para o suinocultor será a economia de dinheiro, já que com a micronizada não é necessário adicionar o óleo de soja à alimentação do animal. “Também fazemos aqui no Polo a análise da linhagem genética de suínos para as empresas”, completou a pesquisadora.
Conhecimento e respeito
Polo é o que dirige ou encaminha, norteia, guia, e é justamente o que o Centro Sul da APTA faz na região piracicabana com o homem do campo que necessita de inovações para enfrentar a atual crise econômica sem precisar deixar de lado sua propriedade rural. A APTA é referência para o agropecuarista na hora de buscar saídas para os obstáculos que ele enfrenta em seu cotidiano oferecendo os resultados de suas pesquisas e os serviços de seus laboratórios – que nos últimos cinco anos realizaram a análise de 2.000 amostras próprias e outras 1.800 para terceiros.
“Com toda certeza é muito importante para Piracicaba e região contar com um polo de pesquisa como este, principalmente nessa área. Ajuda o desenvolvimento da cidade. Piracicaba é uma região de produção rural, temos vários produtos desde a cana, eucalipto, hortifruti. Esse polo ajuda os produtores, dá suporte para eles, é importantíssimo”, afirmou Gilmar Rotta, vice-presidente da Câmara do município que acompanhou a visita com o também vereador João Vitor, de Águas de São Pedro.
Gilmar Rotta lembrou que 60% da zona rural piracicabana é produtora de cana-de-açúcar, número que foi ainda maior há cerca de 15 anos, quando a produção era distribuída em quatro usinas da região. Uma cultura que continua sendo aprimorada pela APTA em seu Polo Centro Sul, onde a engenheira agrônoma Iracema de Gaspari, estudante do programa de pós-graduação em Agricultura Tropical e Subtropical do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, coloca em prática seu conhecimento.
Contente com os 250 hectares de área do Polo para aprender mais sobre a agricultura, ela revelou que “gostaria de trabalhar aqui primeiro porque adoro trabalhar no campo, e também porque o pessoal é muito legal, tem espírito de trabalho em equipe”. Atualmente ela foca seus estudos na produtividade da cultura da cana e na aplicação de fertilizantes na lavoura, aprendendo mais sobre como aplicar o produto de maneira correta, economizando recursos financeiros e naturais.
Essa sustentabilidade permeia todo o trabalho das várias linhas de pesquisa do Polo, com o respeito ao meio ambiente como ponto crucial para o desenvolvimento da tecnologia para o produtor rural. Segundo a pesquisadora Raffaella Rossetto, do Programa Cana IAC, desde que em 1998 a Organização das Nações Unidas (ONU) citou a palavra sustentabilidade em seu relatório, “cada vez mais não há como falar em pesquisa sem considerar a preservação do meio ambiente”.
Para este press release existem fotos disponíveis que podem ser solicitadas pelo telefone (11) 5067-0069 ou e-mail saacomunica@sp.gov.br.
Há opção ainda de serem baixadas pelo Flickr da Secretaria no seguinte endereço: https://www.flickr.com/photos/agriculturasp/sets/72157658358343299
Por Hélio Filho
Mais informações:
Assessoria de imprensa - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Telefone: (11) 5067-0069

 

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