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A organização dos agricultores para defender as feiras orgânicas de São Paulo

As feiras sempre foram vistas pelo movimento de agricultura orgânica nacional e internacional como fundamentais para o avanço deste padrão tecnológico. Por colocar diretamente em contato produtor e consumidor, estabelecem-se as condições de confiança e credibilidade que tornam as atividades de troca personalizadas, não impessoais como no mercado convencional, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
“Do ponto de vista do produtor, ao conhecer seus consumidores e suas famílias, o comprometimento com a qualidade do produto deixa de ser uma exigência burocrática e legal, para se tornar uma questão ética e de comprometimento pessoal, afirma a pesquisadora Yara Chagas de Carvalho. Para o consumidor, a feira é um meio de conhecer a procedência dos produtos que consome, além de estimular o consumo de maior gama de produtos de época. Do ponto de vista do movimento, a feira é um local de encontro, troca, difusão de conhecimento, atração de novos adeptos e integração de movimentos sociais diversos, ressalta a pesquisadora.
Há cerca de um ano e meio, a prefeitura de São Paulo convidou várias entidades do movimento orgânico do Estado para ajudarem a organizar uma feira semanal nas proximidades do parque Ibirapuera. O objetivo do programa foi estimular a conversão para produção orgânica de agricultores, em todos os municípios da sub-bacia do Guarapiranga. Foi neste cenário que surgiu a feira orgânica no local mais nobre da cidade: o Modelódromo, nas vizinhanças do parque Ibirapuera. A feira reúne produtores de várias regiões do Estado: Botucatu, região metropolitana de São Paulo e Campinas, Vale do Paraíba, Ibiúna, Rio Claro, além do sul de Minas Gerais e também um atacadista certificado que traz produtos da agricultura familiar de todo país.
A feira logo se tornou aos olhos de todos um local de referência no Estado. A garantia da qualidade orgânica dos produtos é de responsabilidade do Mapa, mas há de se reconhecer a limitada capacidade de fiscalização. A feira do Ibirapuera assume, assim, o papel de experiência piloto para se construir novas relações com o poder público municipal responsável pelo espaço e pela autorização das feiras e com a esfera federal responsável pela regulação do mercado orgânico.

Recentemente, os participantes da feira (produtores e consumidores) foram surpreendidos pela prefeitura de São Paulo (Secretaria de Esportes), informando a impossibilidade de continuidade da feira naquele local. Os agricultores foram gradativamente se mobilizando e apresentando informações sobre o impacto desta ação. A prefeitura ofereceu novos espaços, mas o posicionamento do conselho gestor da feira, formado pelos feirantes e uma representação de consumidores, assumiu a posição de que qualquer alternativa seria muito bem vinda, mas deveria ser vista como uma nova feira, pois todo o investimento feito para consolidar o local na agenda dos consumidores teria que ser refeito pelos agricultores e pelo movimento que lhes dá suporte.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
Mais informações:
Nara Guimarães

Assessora de Imprensa
Tel: (11) 5067-0498
naraguimaraes@sp.gov.br
 

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