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Agroenergia não afeta produção de alimentos

Em resposta às críticas de que o cultivo da cana-de-açúcar possa prejudicar a produção de alimentos ou concorrer com outras culturas, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nessa segunda-feira (16-04) que a afirmativa não tem “base técnica ou científica”. Produtores goianos concordam, mas com ressalvas. Para os agropecuaristas do Estado, o crescimento precisa ser acompanhado. A sugestão é a implantação de uma política canavieira de incentivo e acompanhamento da produção da planta. As críticas de incentivo à fabricação de combustível alternativo, defendida pelo Brasil, são referentes à possibilidade da diminuição da produção de alimentos. O que aumentaria a “fome no mundo”. Pelo menos é o que defende os presidentes de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez. Na opinião do presidente Lula, as produções de alimentos e biocombustíveis pode ocorrer simultaneamente, desde que haja uma política de Estado sobre o assunto. Para o analista de mercado da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Pedro Arantes, o presidente está certo. Ele acredita que a produção de biocombustíveis não prejudicará a produção de alimentos nem colocará em risco a biodiversidade do País. Pedro diz que a área agricultável no Estado consegue atender a todas as culturas. Atualmente existem 27 milhões de hectares agricultáveis em Goiás, fora as reservas florestais. Destas, 4 milhões são para agricultura e outros 21 milhões para pastagem. As áreas destinadas às pastagens abrigam apenas um animal por hectare. Segundo ele, essas áreas são pouco usadas. “Sem nenhum desmatamento, apenas com a renovação das terras de pastagens, o produtor conseguiria abrigar a mesma quantidade de gado em 15 milhões de hectares, destinando 6 milhões para a produção de cana”, calcula. Em 2005, o Estado plantou 4,2 milhões de hectares. Destes, apenas 200 mil (5%) foi de cana-de-açúcar. Este ano, epera-se uma elevação para 7,5% de área destinada ao cultivo de cana em Goiás, ou, 300 mil hectares. Em três anos, com o aumento das usinas, a área de cultivo de cana no Estado deve subir para 600 mil hectares, estima a Faeg. A área de agricultura alcançará 4,5 milhões de hectares. “Isso representa 12%, ou seja, mesmo que o cultivo de cana-de-açúcar dobre até 2010, não correremos o risco de virar um Estado monoculturista”, acredita. Rhudy Crysthian Fonte: Diário da Manhã

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