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Agronegócio paulista exporta US$ 9,05 bilhões no primeiro semestre

As exportações do agronegócio paulista atingiram US$ 9,05 bilhões no primeiro semestre, uma queda de 8,8% em relação a igual período do ano passado, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Como as importações também diminuíram (4,7%), somando US$ 4,68 bilhões, o saldo comercial do setor foi de US$ 4,37 bilhões (12,8% inferior ao dos primeiros seis meses de 2011
As importações paulistas nos demais setores (sem incluir o agronegócio) somaram US$ 35,47 bilhões, enquanto as exportações alcançaram US$ 18,11 bilhões. O resultado foi um déficit externo desse agregado de US$ 17,36 bilhões no primeiro semestre. “Assim, o comércio exterior paulista seria bem mais deficitário não fosse o desempenho dos agronegócios estaduais”, conclui o pesquisador José Roberto Vicente, autor da análise.
As cadeias de produção do agronegócio apresentaram saldos comerciais decrescentes (US$ 5,13 bilhões no primeiro semestre deste ano frente a US$ 6,14 bilhões no mesmo período de 2011). Ou seja, os indicadores foram maiores do que as transações do agronegócio como um todo embora na mesma direção (o saldo recuou de US$ 5,01 bilhões em 2011 para US$ 4,37 bilhões em 2012).
Esse resultado ocorreu apesar da queda do déficit na balança comercial de bens de capital e insumos, de US$ 1,13 bilhão em 2011 para US$ 760 milhões em 2012, diz Vicente. “Os bens de capital e insumos são fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente os fertilizantes nos quais têm elevada dependência externa. Entretanto, na maioria das vezes não são considerados nas análises do comércio exterior setorial, levando a saldos superestimados.”
Os cinco principais agregados de cadeias de produção apresentaram os seguintes resultados em termos de exportações: cana e sacarídeas (US$ 2,57 bilhões); bovídeos – bovinos (US$ 1,24 bilhão); frutas (US$ 1,17 bilhão); produtos florestais (US$ 1,14 bilhão) e cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 900 milhões). Esses cinco agregados representaram 77,6% das vendas externas setoriais paulistas, de acordo com o estudo do IEA.
Os maiores crescimentos ocorreram nas exportações paulistas de fumo (113,1%); pescado (59,5%); bens de capital e insumos (43,6%); agronegócios especiais (27,7%); cereais/leguminosas/oleaginosas (26,5%); flores e ornamentais (6,3%); frutas (2,5%) e produtos florestais (1,8%). Houve redução nas vendas externas de café e estimulantes (33,6%); de cana e sacarídeas (26,8%); de têxteis (14,8%); de bovídeos – bovinos (14,4%); e de suínos e aves (12,2%).
Cenário nacional
No caso brasileiro, as exportações do agronegócio cresceram 3,9%, para US$ 46,68 bilhões (39,8% do total), em relação ao primeiro semestre do ano anterior. Já as importações do setor diminuíram 4,4%, para US$ 14,41 bilhões (13,1% do total). O superávit do agronegócio nacional no período foi de US$ 32,27 bilhões, 8,0% superior ao do mesmo período do ano anterior.
“Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 70,53 bilhões e importações de US$ 95,73 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 25,20 bilhões”, observa o pesquisador do IEA.
Os saldos comerciais oriundos das transações externas das cadeias de produção aumentaram de US$ 34,47 bilhões, no primeiro semestre de 2011, para US$ 36,43 bilhões (2012). Esses valores são maiores que os resultados setoriais (US$ 29,87 bilhões em 2011 e US$ 32,27 bilhões em 2012). Isto, apesar da queda no déficit da balança comercial de bens de capital e insumos (de US$ 4,60 bilhões em 2011 para US$ 4,16 bilhões em 2012), reflexo da dependência externa do agronegócio brasileiro, notadamente as importações de fertilizantes.
Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio brasileiro foram cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 17,68 bilhões); cana e sacarídeas (US$ 4,79 bilhões); produtos florestais (US$ 4,73 bilhões); suínos e aves (US$ 4,58 bilhões) e bovídeos - bovinos (US$ 4,54 bilhões). Essas cadeias totalizaram 77,8% das vendas externas do agronegócio em termos nacionais.
As exportações setoriais de São Paulo representaram 19,4% do agronegócio brasileiro, ou seja, 2,7 pontos percentuais a menos do que no primeiro semestre do ano passado. Já as importações paulistas representaram 32,5% (0,1 ponto percentual inferior à representatividade verificada no mesmo período de 2011).
Fator agregado
No caso paulista, tanto os produtos básicos quanto os semimanufaturados apresentaram queda nas exportações do agronegócio de, respectivamente, 9,0% e 26,5%. Já os produtos manufaturados tiveram aumento de 1,7%. Os produtos manufaturados apresentaram a maior participação nas vendas externas (52,9%), com US$ 4,79 bilhões no primeiro semestre deste ano.
No caso brasileiro, com menor perfil de agregação de valor em relação a São Paulo, ocorreu aumento nos produtos básicos (+10,3%) e queda nos produtos semimanufaturados (10,3%) e nos manufaturados (0,2%). Os produtos básicos, totalizando US$ 28,88 bilhões, mostraram a maior participação nas vendas externas setoriais (61,9%)
Esses indicadores mostram as diferenças estruturais do agronegócio paulista no contexto nacional, explica o pesquisador do IEA. É que 61,9% do valor das exportações brasileiras do agronegócio, nos primeiros seis meses do ano, corresponderam a produtos básicos. Em São Paulo, os produtos básicos representaram apenas 24,6% e a participação de produtos industrializados dos agronegócios foi muito maior (75,4%), evidenciando índices superiores de agregação de valor.
Entre as categorias de uso, matérias-primas e produtos intermediários constituíram o grupo predominante no primeiro semestre, com 69,2% do valor total de exportações nacionais de mercadorias do agronegócio. No caso paulista, esse grupo teve participação menor (54,1% do valor total) do que a brasileira, mas ainda assim superior no estado à de bens de consumo (40,2%).
A íntegra da análise está disponível no site www.iea.sp.gov.br.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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