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Aos 40 anos, Centro de Engenharia e Automação do IAC inaugura laboratório de pós-colheita

Será inaugurado no 16 de julho, em Jundiaí (SP), o Laboratório de Tecnologia de Pós-Colheita de Frutas, Hortaliças e Plantas Ornamentais, do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A entrega das novas instalações fará parte das comemorações dos 40 anos do CEA.
O laboratório é destinado a pesquisas na área de tecnologia, fisiologia e fitopatologia em pós-colheita de produtos agrícolas. A obra, que viabilizou a instalação em Jundiaí do laboratório de pós-colheita de frutas, hortaliças e plantas ornamentais, faz parte de projeto apoiado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos). A região destaca-se pela produção de frutas no Estado de São Paulo e as novas instalações possibilitam a geração de ferramentas de fácil adoção pelo pequeno e médio produtor e também tecnologias de ponta com vistas à exportação.
O novo laboratório é de fundamental importância para apoiar o agronegócio desses produtos, considerados perecíveis por terem metabolismo ativo após a colheita, carecendo de cuidados especiais — desde o campo até a chegada ao consumidor. A qualidade e a vida útil de frutas, hortaliças e ornamentais está relacionada às etapas de manuseio, acondicionamento e transporte.
Segundo a pesquisadora Patrícia Cia, os trabalhos que poderão ser realizados no novo laboratório envolvem a avaliação de índices de maturação, estudo da fisiologia do amadurecimento de frutos e caracterização do comportamento do amadurecimento e do potencial de conservação de novas variedades. Também são estudados métodos de conservação, envolvendo refrigeração, embalagens e atmosfera modificada/controlada, controle de doenças e estudo das principais causas de perdas.
Atualmente, pesquisas estão sendo desenvolvidas para se avaliar perdas quantitativas e qualitativas decorrentes de problemas na pós-colheita, suas alterações fisiológicas, a seleção e classificação, a avaliação de embalagens contentoras e tecnologia pós-colheita, envolvendo estudos de conservação, controle de doenças, atmosfera modificada/controlada e armazenamento refrigerado. Esses trabalhos estão sendo financiados por agências de fomento (FAPESP e CNPq), Governo do Estado e setor privado. Até o momento, estudos foram efetuados envolvendo frutas (goiaba, mamão, uva, pêssego, nectarina, ameixa, maçã, marmelo, abacaxi e lichia); hortaliças (alface, rúcula, agrião, brócolis, beterraba, batata, quiabo e morango); e ornamentais (rosa, estrelitizia, helicônia, gerbera e folhagens).
Com o intuito de contribuir para o aumento de renda do produtor, serão estudados também aspectos do processamento mínimo de produtos, como meio de agregação de valor. “Além de atender à demanda dos produtores do Estado, esse laboratório dá suporte aos programas de pesquisa desenvolvidos no Instituto que necessitem de estudos em pós-colheita”, afirma a pesquisadora Juliana Sanches.
De acordo com a pesquisadora Silvia Antoniali, as pesquisas com o novo laboratório incluem também o estabelecimento de planos de orientação de manuseio dos produtos pós-colheita, tanto para o mercado interno quanto para as exportações. Nesse contexto, acredita-se que os problemas da tecnologia pós-colheita possam ser minimizados por meio da cooperação e comunicação efetiva entre pesquisadores e extensionistas. “O uso das informações técnicas disponíveis, muitas vezes, pode trazer soluções fáceis aos problemas existentes”, diz a pesquisadora Glaucia Dias.
A instalação desse laboratório contou com recursos de R$ 400 mil, repassados pela FINEP ao IAC. O valor envolve a reforma de um galpão de 160 m2 e a aquisição de equipamentos. Os recursos liberados viabilizaram a reforma do prédio que abriga as salas de cromatografia, de reagentes, de pesagem de material, de análises físico-químicas, além da sala de técnico e de sanitários. Também foram instaladas três câmaras frigoríficas e adquiridos equipamentos para as pesquisas em pós-colheita, como cromatógrafo gasoso, colorímetro, espectrofotômetro UV-visível, incubadora tipo B.O.D. e computadores, entre outros.

Redução de perdas

A relevância da pós-colheita é retratada em números — nessa fase, as perdas podem atingir 30% ou mais da produção total, daí a necessidade de adotar tecnologias que reduzam esse problema. As pesquisadoras comentam que esse índice é mais elevado nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e as principais causas incluem a falta de mão-de-obra qualificada, a não-adoção de técnicas adequadas durante a produção, colheita e manuseio pós-colheita e a incidência de pragas e doenças. Os métodos comumente utilizados para a conservação dos produtos e redução de perdas são a diminuição ou aumento da temperatura e o controle da umidade relativa e da composição de gases no ambiente de armazenamento.
Ressaltam ainda que a obtenção de um produto de qualidade está, indiscutivelmente, associada a fatores de pré-colheita, como nutrição, manejo do solo, poda, porta-enxerto e irrigação, aliada aos processos subsequentes de colheita, manuseio e acondicionamento dos produtos, ou seja, do campo até sua chegada ao consumidor final.
Veja a reportagem completa de Carla Gomes

SERVIÇO
Comemoração dos 40 anos do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA-IAC)
Data: 16 de julho de 2009, às 17h
Local: Centro de Engenharia e Automação, Rodovia D. Gabriel P. B. Couto, km 65, Jundiaí
Informações: (11) 4582-8155

Assessoria de Imprensa do IAC
Carla Gomes
(19) 3231-5422, ramal 124
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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