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APTA desenvolve pesquisas com os principais produtos juninos

Pamonha, milho verde, pipoca, amendoim, doce de batata-doce, quentão. Esses são alguns dos quitutes que não podem faltar nas festas juninas e julinas. O que pouca gente se lembra quando está degustando essas delícias é de que a base para a produção desses produtos agropecuários está na ciência. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e seus institutos, tem a expertise para produzir esses alimentos, melhorando a produtividade dos campos e a qualidade dos produtos e reduzindo o uso de defensivos agrícolas, o que resulta na melhora da renda dos produtores rurais e na sustentabilidade da produção.
As unidades de pesquisa da APTA, como o Instituto Agronômico (IAC-APTA) e a APTA Regional, reúnem tecnologias para a produção dos principais produtos juninos. Um dos exemplos são os trabalhos para o desenvolvimento de novas cultivares de amendoim, ideais para a produção de doces e confeitos. Em maio de 2017, o IAC lançou a cultivar IAC OL5, com grãos que possuem de 70% a 80% de ácido oleico – enquanto outros materiais possuem de 40% a 50% -– característica que garante o dobro de conservação do produto na prateleira. 
Para o consumidor, a IAC OL5 possui outra vantagem: o ácido oleico contribui para reduzir a taxa de triglicérides e aumentar o bom colesterol. Segundo Ignácio José de Godoy, a cultivar IAC OL5 é uma nova opção para os produtores rurais porque associa o ciclo mais curto com uma relativa resistência a doenças. “O material apresentou adequação para um período de cultivo inferior a 130 dias, característica desejável para a adoção em áreas de renovação do canavial”, afirma.
Milho pipoca
O milho pipoca é outra cultura pesquisada pelo IAC, que atualmente é a única instituição oficial a desenvolver cultivares de milho pipoca híbrida. A maioria do milho pipoca cultivado no Brasil provem de sementes importadas. O problema é que as condições climáticas paulistas causam elevada podridão no grão, em função de o período de pós-maturação ocorrer em janeiro e fevereiro, meses em que há maior incidência de chuvas. Nesse cenário, o híbrido IAC 8077, apresentado pelo Instituto em 2016, que tem como característica bom empalhamento e alta resistência à podridão dos grãos, representa uma opção para o plantio de verão no Estado de São Paulo.
O IAC 8077 é um híbrido de milho convencional, isto é, não transgênico, com potencial produtivo de nove a dez toneladas, por hectare de grãos. Este potencial pode ser superado, se a lavoura for conduzida com boa tecnologia. Segundo o pesquisador do IAC, Eduardo Sawazaki, essa produtividade está acima da média dos resultados obtidos no Brasil. O material é direcionado para propriedades com baixa e média tecnologia. “Eles têm baixo custo de implantação da lavoura, 20 quilos de sementes são suficientes para o plantio de um hectare”, afirma o pesquisador.
Milho verde
Aquele milho verde cozido, quentinho, com manteiga derretendo, também tem espaço nas pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico. Em 2014, o IAC lançou o hibrido IAC 8046, que além da alta produtividade dos grãos, tem espiga apropriada para o consumo de milho verde. “Esse material tem espiga cilíndrica, grossa, com 16 fileiras retas de grãos, o que facilita a retirada do cabelo. Possui casca fina e é macio para ser consumido cozido”, explica o pesquisador do IAC, Eduardo Sawazaki.
Batata-doce
O doce de batata-doce é outro clássico junino. Na APTA, o Polo Regional de Presidente Prudente, desenvolve pesquisas que permitem aumentar a produtividade da batata doce por meio da multiplicação de ramas a partir de matrizes livres de vírus. O resultado foi o aumento da produtividade das lavouras e, consequentemente, melhora na renda dos produtores e garantia da oferta do produto aos consumidores. 
Cachaça
O quentão é a bebida que esquenta o clima das festas juninas. Mas para a sua produção é necessária cachaça, outro produto pesquisado pela APTA. Na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Jaú são realizados trabalhos relacionados ao processo de produção da cachaça de alambique, como forma de agregação de valor.
 A Unidade, que completa 80 anos em 2017, realiza cursos para ensinar os produtores a produzir cachaça artesanal.  “Uma tonelada de cana-de-açúcar entregue para usina equivale a, aproximadamente, R$ 60,00, e uma tonelada de cana transformada em cachaça equivale a, aproximadamente, R$ 400,00”, afirma Gabriela Aferri, pesquisadora da APTA. A ideia é que com esses conhecimentos, os produtores consigam diversificar sua produção e, consequentemente, aumentar a renda da propriedade.
 “Essas pesquisas são fundamentais para melhorar a renda dos produtores rurais, principalmente os pequenos, uma diretriz do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – Apta
(19) 2137-8933

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