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APTA tem a única unidade que produz batata-semente orgânica

A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), por meio da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Itararé, é a única instituição brasileira certificada e cadastrada para a produção de batatas-sementes orgânicas. A certificação pelo IBD Certificações foi realizada em 29 de outubro de 2014, ano em que foi feito o cadastro no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). Agora, a Unidade, localizada no interior paulista, está apta a produzir e disponibilizar para produtores rurais batatas-sementes orgânicas, livre de vírus. A vantagem para os produtores são segurança fitossanitária do material que será plantado, menores custos e diminuição da dependência por sementes importadas.
A produção inicial será de 360 mil quilos de batatas-sementes orgânicas das variedades Ibituaçu, Araci, Araci Ruiva, Itararé e Vitória, todas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, com excelente qualidade culinária e ideais para a preparação de chips e purê, além da variedade Baraka. A Unidade da APTA produzirá ainda batata semente convencional dos materiais Ágata e Asterix. “Esses 360 mil quilos de sementes serão usadas para a produção de 180 a 225 hectares de batata, em todas as regiões brasileiras. As sementes estarão disponíveis no segundo semestre de 2015”, afirma Sebastião Wilson Tivelli, pesquisador da APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
A UPD da APTA de Itararé é pioneira na produção de batatas-sementes orgânicas para disponibilização a produtores rurais. A principal vantagem da certificação, produção e desmobilização dos materiais está em atender à Legislação Orgânica Brasileira, que exige dos produtores o uso de sementes e mudas produzidas em sistemas orgânicos. “A partir do momento que estivermos produzindo as sementes orgânicas e estas entrarem para a lista positiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a produção orgânica de batata terá que usar tais sementes para serem consideradas orgânicas”, explica Tivelli.
As batatas-sementes produzidas pela APTA foram limpas de vírus e, consequentemente, os produtores terão acesso a sementes em excelente condição fitossanitária. Outra vantagem é evitar a importação de materiais convencionais da Europa, como ocorre atualmente. A iniciativa da APTA ajuda na redução de custos e na diminuição da dependência externa de sementes. Os produtores de orgânicos, por enquanto, utilizam sementes oriundas de cultivos convencionais.
Para a certificação de 50 hectares da Unidade de Pesquisa da APTA foram investidos, aproximadamente, R$ 400 mil, em aquisição de equipamentos e implementos, como tratores, pulverizadores, grade aradora, grade niveladora, plaina e lâmina. Além disso, as câmaras frias da Unidade passaram por revisão e foram identificadas para separar as áreas orgânicas e as convencionais. Um barracão de insumos também foi adequado.
A Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (CODASP) recuperou os caminhos internos da UPD e o poço de captação de água para irrigação. Uma concessionária de rodovias também está recuperando a área de proteção permanente do entorno sul das glebas de produção orgânica. Além das batatas-sementes, a Unidade poderá produzir sementes orgânicas de adubos verdes, milho e cebola.
APTA treina 277 técnicos agrícolas em agricultura orgânica
De 2012 a 2014, a APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e a Secretaria do Meio Ambiente, ambas do Governo do Estado de São Paulo, por meio da ação estadual chamada São Paulo Orgânico, capacitaram 277 técnicos paulistas, que se tornaram multiplicadores do conhecimento sobre produção orgânica. O Módulo I do Curso de Capacitação em Agricultura Orgânica e Sustentável para Técnicos da Extensão Rural teve 13 edições e treinou, principalmente, técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP) e parceiros de projetos provenientes das prefeituras de Santos, São Paulo, Sorocaba, Taquarivai e Ibiúna. “Na avaliação geral, 78% dos participantes qualificaram o curso como ótimo e 22% como bom”, afirma o pesquisador da APTA.
Por demanda dos próprios técnicos de extensão rural, a APTA e a Secretaria do Meio Ambiente realizaram também um segundo módulo do curso, capacitando 292 técnicos, em 13 edições, na área de olericultura, fruticultura, sistemas agroflorestais, cereais e café. “As áreas de olericultura e fruticultura orgânica foram as com maior demanda, por conta do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa Paulista de Agricultura de Interesse Social (PPAIS), que fomentaram a agricultura familiar no Estado”, explica Tivelli.
De acordo com o pesquisador da APTA, no segundo módulo, os extensionistas solicitaram mais informações sobre manejo de solo e matéria orgânica, nutrição de plantas, manejo de pragas e doenças, adubação verde, homeopatia, comercialização e acesso ao mercado, além de visitas a propriedades em transição e recém-certificadas de agricultores familiares.
Tivelli explica que os técnicos não tinham nenhuma formação em agricultura orgânica e agroecologia, por isso, quando eram procurados por produtores de orgânicos, ou pelos tradicionais, mas que queriam transformar suas produções, não conseguiam atendê-los. “Agora, vemos uma mudança de postura”, afirma. O Governo do Estado investiu R$ 515 mil nos treinamentos, incluindo despesas em hospedagem, alimentação e deslocamento dos participantes. Uma parte do recurso também foi utilizada na aquisição de ingredientes para as aulas práticas.
A Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento em Agricultura Ecológica da APTA, localizada em São Roque, interior paulista, é a única 100% orgânica do Governo do Estado de São Paulo. Pioneira nos estudos no Brasil, desde 1994, realiza pesquisas com esse sistema. A Unidade atua, principalmente, na transferência de tecnologia por meio de cursos de capacitação. “Somos referência nesses trabalhos, por isso, fomos escolhidos para ministrar os cursos”, afirma Tivelli.
Texto: Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA

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