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Assinatura de acordo permite avanço na criação de endereços na zona rural

Um acordo de cooperação técnica para criação de endereços rurais para os 645 municípios paulista foi firmado entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), em 14 de dezembro de 2018.

Com a assinatura, a Secretaria de Agricultura poderá começar a operacionalizar o programa Cidadania no Campo, que tem o objetivo de oferecer, facilitar e ampliar o acesso a serviços públicos essenciais para a população que reside em áreas rurais dos municípios paulistas, por meio da criação de endereço para as propriedades rurais, como nas áreas urbanas.

“É um programa que melhora e facilita o atendimento do serviço para o cidadão, como de ambulância, bombeiro, polícia e até mesmo de vans escolares e entrega de insumos usados pelos agricultores. Todos esses serviços chegarão de forma muito mais eficiente para os cidadãos que moram na área rural”, explica Carlos Henrique Paes de Barros, assessor parlamentar e de apoio aos municípios da SAA, responsável também pela coordenação do programa.

Por meio dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) e o apoio da Fundepag, a APTA desenvolveu uma modelagem tecnológica que atende às necessidades estabelecidas pelo Grupo de Trabalho Acessibilidade Rural, responsável pela concepção do programa.

A solução tecnológica para a viabilização do Cidadania no Campo será desenvolvida pela startup SciCrop, voltada ao mercado de tecnologia no agronegócio (agtech). Segundo José Damico, CEO e co-fundador da empresa, o primeiro trabalho a ser feito será o cruzamento de informações e dados levantados por agentes públicos e privados. Essas informações serão colocadas sobre o mapa de São Paulo para visualizar quais as lacunas do mapa, que serão preenchidas com imagens de satélite.

A ideia é que cada propriedade tenha como endereço três letras, a partir do nome do município, com a quilometragem da estrada até a porteira da fazenda, sendo o marco zero definido pela prefeitura. “Essa base de dados será disponibilizada em padrão aberto e será compartilhada com sistemas de rotas como o Google Maps e Waze. Hoje, temos essas informações levantadas por diversos agentes públicos e privados, porém, não há integração dos dados”, explica Damico.

A meta é que 300 municípios paulistas tenham as informações completas de suas estradas em 30 meses. A expectativa, porém, é que neste período todos os 645 municípios tenham informações avançadas.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Francisco Sergio Ferreira Jardim, acredita que “o Programa Cidadania no Campo apresentará uma análise crítica, com base em estudos de inteligência, para identificar onde estão os grandes problemas da segurança no meio rural”.
Nova legislação de incentivo à inovação viabilizou o programa

Durante o evento de assinatura do acordo de cooperação técnica, o coordenador da APTA, Orlando Melo de Castro, lembrou que a iniciativa só foi possível por conta da nova legislação federal e estadual de incentivo a inovação que permite melhor interação entre os Institutos públicos de pesquisa e a iniciativa privada.

“Esse programa é inovador e só estamos conseguindo colocá-lo em prática, neste modelo, em que o Governo do Estado, por meio da SAA, gere o projeto e os parceiros privados desenvolvem e investem nele, por conta do Marco Legal de Ciência e Tecnologia, e decreto e resoluções estaduais que normatizaram a relação entre os institutos públicos e as fundações de apoio, como a Fundepag, possibilitando melhor interação com o setor privado”, afirma.

O presidente da Fundepag, Antonio Alvaro Duarte de Oliveira, concorda com a visão de Castro. Para ele, faz todo o sentido a Fundepag auxiliar no desenvolvimento do Cidadania no Campo, que além do seu caráter público, tem importância privada por facilitar a comunicação e logística entre empresas e produtores rurais. “Os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTESP) ligados a Secretaria de Agricultura, são os mais avançados na questão legislativa e no entendimento da necessidade de fomentar a inovação de base tecnológica e a parceria com o setor produtivo. É o futuro que está batendo em nossa porta”, diz.

Por Fernanda Domiciano

Assessoria de Imprensa – APTA
19 2137-8933

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