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Benefícios da cana compensam queimadas

A queima na cultura da cana-de-açúcar é tida como imprescindível nas áreas não mecanizadas e na época da colheita fumaça e fuligem invadem até as cidades próximas às lavouras. Produtores de cana dizem que só o uso de colheitadeiras pode eliminar a queima, o que poderia trazer problemas sociais. A prática tem como finalidade limpar a área, livrando os cortadores das folhas, cortantes como uma lâmina, além da felpa que irrita a pele, e dos perigos de cobras e aranhas.

"A mecanização provocaria um desemprego brutal", afirma Carlos Augusto Albuquerque, assessor da diretoria da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Ele cita ainda o aumento do custo de produção como empecilho para o uso da colheita mecânica. Na região de Ribeirão Preto (SP), de acordo com o assessor da Faep, onde grandes áreas já estão mecanizadas, foi feito um acordo entre produtores e governo, que prevê a mecanização total até o ano de 2030. "Nesse tempo a mão-de-obra poderá ser absorvida por outros setores", diz.

Segundo Ana Thereza Ribeiro, presidente do Sindicato Rural de Porecatu, uma máquina faz, em média, o trabalho de 110 homens. Uma colheitadeira de cana custa entre R$ 800 mil e R$ 900 mil.

O assessor da Faep discorda daqueles que classificam a cana com uma das culturas mais prejudiciais ao meio ambiente. Segundo Albuquerque, os danos causados pelas queimadas são compensados com a própria cana, cuja planta absorve o gás carbônico da atmosfera, e com os benefícios do álcool combustível. (R.C.)

Fonte(s):
Folha de Londrina

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