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Brasil negocia regras para vender biodiesel à UE

O governo brasileiro abre no próximo ano uma frente de negociações com a União Européia para definir padrões internacionais de qualidade para o biodiesel e, dessa forma, tornar viáveis as exportações do combustível. Hoje, a produção brasileira não atende às especificações européias, que exigem que o combustível seja à base de canola. "Enquanto houver essa regra, será impossível exportar", diz Roberto Ardenghy, superintendente de abastecimento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ele aponta como outro fator que dificulta os embarques a imposição de uma taxa de 18% sobre o valor exportado. Ardenghy observa que o Brasil fez exportações esporádicas, para teste de qualidade, e que existe interesse dos grupos europeus em receber o biocombustível brasileiro. Em fevereiro, representantes do governo brasileiro reúnem-se com a Comissão Européia em Bruxelas para avançar nas discussões. Conforme a ANP, existem hoje 18 empresas autorizadas à produção e venda de biodiesel no país, totalizando uma capacidade instalada de 532 milhões de litros por ano. Os novos pedidos de instalação de usinas, no entanto, chegam a 32. Ao todo, a capacidade de produção dos 50 projetos chega a 1,896 bilhão de litros, superior inclusive à demanda de 800 milhões de litros estimada para 2008, quando a mistura de 2% de biodiesel no diesel se tornará obrigatória. "Existe interesse em transformar o biodiesel em commodity e o governo trabalha para viabilizar o comércio internacional", afirma Ricardo Dornelles, diretor de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia. No mercado interno, o governo federal estuda a realização de novo leilão em 2007, para acelerar as vendas do combustível. Em 2008, o mercado será livre e as vendas feitas diretamente entre usinas e distribuidoras.

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