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Brasil pode restringir farinha da Argentina

Com este cenário, o presidente do Sindicato das Indústrias do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), Luiz Martins, acredita que as compras de farinha de trigo da Argentina - o principal fornecedor da matéria-prima do Brasil - devem crescer 42,85% em relação às 700 mil toneladas no ano passado, chegando a 1 milhão - o equivalente a 10% do consumo nacional, de 10 milhões. "Seremos obrigados a importar a farinha de menor valor. A tendência é deixarmos de produzir a farinha no Brasil’’, disse Martins. Segundo ele, enquanto a farinha argentina chega a R$ 38,00 a saca (50 kg), o Brasil precisa vender no mínimo a R$ 48,00, diferença de R$ 10,00. Segundo a Câmara de Comércio Exterior (Camex), o assunto poderá ser discutido em reunião a ser realizada no próximo mês. Além da aplicação de quotas, a indústria brasileira negocia a aplicação de uma alíquota compensatória para compensar os subsídios concedidos à farinha de trigo do país vizinho e a redução da Tarifa Externa Comum (TEC), a fim de reduzir os custos da importação do trigo em grão de países fora do Mercosul. A menor oferta da matéria-prima da Argentina e a queda da produção no mercado interno por conta da quebra da safra 2006/07 em ambos países, o Brasil terá maior necessidade de importar o grão de terceiros países, segundo o analista da Safras&Mercado, Elcio Bento. Na prática, o Brasil importará trigo mais caro de países como Estados Unidos e Canadá, devido a TEC. "Este ano devemos importar da Argentina 65% do consumo total, enquanto que no ano passado a participação foi de 92%. No inicio, quando o Brasil come começou a importar o grão da Argentina, em 1991 girava em torno de 75%. O presidente do Sindustrigo alerta que o Brasil não conseguirá importar o grão de terceiros países para competir com a farinha subsidiada da Argentina. O trigo argentino chega a São Paulo a US$ 238 a tonelada, enquanto que o americano chegaria a US$ 294, US$ 56,00 mais caro, segundo Bento. Segundo o analista, o Brasil terá necessidade de exportar neste ano de cerca de 8 milhões de toneladas de grãos. (fonte: Gazeta Mercantil)

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