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Brasil produz cerca de 1,2 milhões de sacas de café especial

O Brasil produz entre 1 milhão e 1,2 milhões de sacas de 60 kg de cafés especiais por ano, conforme apontou o presidente da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais), Marcelo Weyland Barbosa Vieira. “Praticamente todas as regiões cafeeiras do país produzem grãos especiais, como Sul, Cerrado e Zona da Mata de Minas Gerais, Serra do Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Paraná. O que o mercado gosta é de variedade de oferta, da diversidade de produtos. E, para isso, há necessidade de produção de café especial em diversas regiões, não havendo um destaque específico. O Sul de Minas produz mais porque é a maior área cafeeira do Brasil”, explicou. Uma das vantagens nesse tipo de produção é o preço pago pelos grãos diferenciados. “Existem cafés muito especiais, de excelente qualidade, que obtêm prêmios mais altos. Porém, a média de prêmio pago por uma saca de café especial certificado é de US$ 20 a US$ 30 sobre a cotação do café normal”, informou o presidente da BSCA. Segundo ele, os custos de produção do café especial não variam muito em relação os do grão normal atualmente em torno de R$ 230 por saca. "A diferença está no fato de se ter um investimento em marketing para poder comercializar esse produto em um mercado diferenciado. E esses valores dependem do mercado em que se vai trabalhar, da agressividade ou não do produtor, entre outros fatores", explicou Vieira, que completou anotando que a diferença dos custos se baseia muito mais no controle de qualidade do que em investimentos fixos. Visto o supracitado, o presidente da BSCA foi questionado se o retorno é garantido, fato que ele negou. “Garantido não, pois esse é um mercado muito difícil e que temos que disputar”, contra-argumentou Vieira, informando que é por isso que a Associação realiza diversas ações. “Organizamos participação em feiras no exterior, trazemos compradores ao Brasil para conhecer as regiões produtoras, visitamos, junto a cafeicultores, os clientes no exterior e fazemos, todo ano, nosso concurso de qualidade (Concurso de Qualidade Cafés do Brasil “Cup of Excellence”, em sua nona edição este ano). Essas ações garantem um retorno melhor ao setor, ajudando o cafeicultor a colocar seu produto de uma maneira diferenciada”, explicou. Marcelo Vieira anotou que a maior parte dos cafés especiais produzidos no Brasil são comercializados com o exterior. “Há um pequeno consumo no mercado interno, mas o percentual é bastante reduzido. Há muitas cafeterias pelo país, principalmente em São Paulo, que comercializam um produto diferenciado. Mas esse volume ainda é inferior a 0,5%”, calculou. Apesar de se notar um aumento na procura por cafés diferenciados no mercado internacional, o presidente da BSCA explicou que a produção e o consumo de cafés especiais não deve passar por uma expansão substancial. “Esse é um mercado que cresce, mas nunca passará a responder por um grande volume. O topo do mercado, no que se refere a qualquer produto alimentar, representa um percentual pequeno. Calculamos que, atualmente, os cafés especiais respondem por uma fatia de 5% a 6% no mercado mundial”. No Brasil, conforme já relatado, é menor do que 0,5%. “Já em termos de produção, a representatividade varia de 3% a 5% do volume total brasileiro, dependendo do tamanho da safra colhida”, concluiu Vieira.

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