Data da postagem: 10 Janeiro 2007
Cientistas brasileiros seqüenciaram cerca de 55 mil genes únicos de frutas cítricas, sendo 32 mil só de espécies de laranjas, criando o maior banco de dados científicos no setor no mundo.
O projeto visa a desenvolver mapas, identificando genes associados com a resistência a doenças que ameaçam seriamente a citricultura - atividade estratégica para a agricultura brasileira, com faturamento anual de US$ 1,5 bilhão.
"Trata-se de uma ampla cobertura do genoma expresso de uma planta, configurando um banco de informações valioso. Mas o genoma é uma etapa do processo - estamos interessados em integrar e usar essas informações no melhoramento genético, que é nosso objetivo fundamental", disse Marcos Machado, diretor do Centro Apta Citros do Instituto Agronômico, de São Paulo, à Agência Fapesp.
A pesquisa, iniciada em 2001, foi realizada pelo Instituto do Milênio de Integração de Melhoramento Genético, Genoma Funcional e Comparativo de Citros, que é coordenado por Machado. Segundo ele, além do banco de dados, a pesquisa gerou diferentes híbridos que estão sendo avaliados em condições de campo.
O próximo passo dos pesquisadores do Instituto Agronômico é a negociação com grupos americanos para definir a participação brasileira no projeto de seqüenciamento completo do genoma da laranja. A equipe viajará em janeiro até o Joint Genome Institute, do Departamento de Energia dos Estados Unidos.