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Câmara Setorial da Carne Bovina quer fundo indenizatório, em apoio a “Risco Zero”

A Câmara Setorial da Carne Bovina, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, pretende criar um fundo indenizatório privado, em conjunto com os setores de suínos e de aves, como forma de apoio ao programa “São Paulo Sanidade Risco Zero”, do Governo do Estado. “A Câmara Setorial está trazendo os outros setores para discutir o assunto, a fim de que possamos efetivamente lutar para São Paulo reabrir o mercado exportador, fechado por causa do foco de aftosa no Mato Grosso do Sul. Esta é uma forma de trazer mais divisas para o produtor e para o Estado”, disse o presidente da Câmara Setorial, Constantino Ajimasto Júnior, durante reunião no dia 29 de agosto na FAESP. Constantino destacou, ainda, a presença na reunião de representantes da suinocultura e dos supermercados, o que reforça a tendência de integração das cadeias de produção da área animal, bem como de seus segmentos, no sentido de buscar a certificação dos produtos. “Esta é a tendência mundial. O consumidor que paga a conta exige qualidade, pois ele está cada vez mais bem-informado. Então, agora, o processo é o contrário: de trás pra frente. O consumidor exige e a cadeia toda vai ter de atendê-lo para poder gerar renda.” Valdomiro Ferreira Júnior, da Câmara Setorial da Carne Suína, defendeu a criação da “agenda da sanidade, porque o consumidor ainda desconfia da origem do nosso produto”. Ele propõe a padronização dos produtos de acordo com as exigências do mercado. Nesse sentido, também considera fundamental a criação do fundo privado reunindo os setores que produzem proteína animal. Ferreira cita o exemplo do Carrefour, que já compra carne suína com o Selo São Paulo. “Com a certificação, você passa a ter auditoria de uma certificadora independente.” Em defesa do avanço na classificação e certificação dos produtos manifestaram também os representantes da Associação Paulista dos Supermercados (APAS), Márcio Milan; da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Priscila da Silva Souza; do Sindirações, Marcos Barusellli; e da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), André Luis Locateli, entre outros. Para dar seqüência às ações, serão criados grupos de trabalho. Risco zero O veterinário Cláudio Alvarenga de Melo, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), informou que está em fase final o plano de gestão do programa “Sanidade Risco Zero”, encomendado pelo secretário João Sampaio. Também está em desenvolvimento um sistema de cadastro inteligente de propriedades, produtores e rebanho, que vai facilitar a emissão de guia de trânsito animal (GTA). E já foi delineado o plano de ativação dos corredores sanitários, que vai envolver inclusive as polícias ambiental e rodoviária. Segundo Melo, a CDA já faz emissão de GTA em 240 municípios e com o sistema de informação essas emissões vão ser online e atender a todos os municípios do Estado. Mas para isso é preciso que o modelo atual (que exige assinatura) seja substituído por um sistema como o da Receita Federal, onde o usuário possa prestar informações online e estas sejam validadas. José Venâncio de Resende

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