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Começa o plantio de soja em Mato Grosso

Os produtores de soja de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, têm pressa. Apesar das condições climáticas adversas, eles já começaram a semear o produto nesta safra. Até agora, estima-se que a área cultivada na região, tradicionalmente a primeira no Brasil a plantar a soja todos dos anos, esteja entre 8 mil e 10 mil hectares. A expectativa é que, até o final do período de plantio, 220 mil hectares estejam cobertos com soja. Mas os agricultores estão, na verdade, mais preocupados com o plantio da safrinha de algodão. Como os preços da pluma estão mais favoráveis, eles preferem arriscar perdas com a soja a ter prejuízos expressivos com o algodão. A colheita da soja, de modo geral, acontece no início de janeiro e o algodão é plantado logo em seguida. Caso haja atraso no cultivo da pluma, os agricultores correm o risco de não pegar as chuvas, que vão até abril. Segundo Francisco de Assis Diniz, assessor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até dezembro, os agricultores do Centro-Oeste vão conviver com temperaturas acima da média dos últimos anos e com chuvas dentro dos padrões normais. Ele destaca, no entanto, que a distribuição das chuvas na região será irregular. "Serão normais os vendavais e temporais", afirma. A possibilidade de veranicos também é grande. Diniz lembra que algumas chuvas antecipadas foram registradas no Centro-Oeste, principalmente em Goiás e em partes de Mato Grosso. "Para plantar com mais segurança é melhor esperar até o final de outubro", diz. Recuo O cenário para o plantio de soja não é positivo. No Brasil, as primeiras estimativas de consultorias apontam para uma área plantada com soja entre 20 milhões e 21 milhões de hectares, com projeções variando entre 52 milhões e 53 milhões de toneladas para a produção na safra 2006/07. Na safra passada, foram plantados 22,2 milhões de hectares, com produção de 53,4 milhões de toneladas. A menos de uma semana da intensificação do plantio na região Centro-Oeste, as liberações de recursos para custeio da safra estão em ritmo muito mais lento que o registrado em anos anteriores. Em Goiás, o Banco do Brasil liberou apenas 30% dos R$ 700 milhões que o banco possui para distribuir no Estado, o que é pouco para essa época do ano. "A contratação normal para o período varia entre 50% e 60%", diz o presidente da comissão de grãos da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Alécio Maróstica. Para ele, não há má vontade do banco. "Os entraves burocráticos estão dificultando as liberações. Para pegar dinheiro novo, os produtores precisam estar com as dívidas renegociadas." Com isso, a expectativa de Maróstica é que a produção agrícola goiana deva cair mais de 20% na próxima safra.

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