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Começam na capital paulista as revoadas de cupins que atacam residências e árvores

Começou esta semana as revoadas do cupim Coptotermes (que ataca principalmente casas e árvores) na capital paulista. As revoadas, que antecedem à primavera, vão ocorrer até por volta de outubro, segundo o pesquisador Marcos Roberto Potenza do Instituto Biológico (IB-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
O Coptotermes gestroi (principal praga na cidade de São Paulo, também conhecida como cupim subterrâneo) é uma das quatro espécies da família Rhinotermitidae (as outras são Coptotermes testaceus, C. niger e C. crassus) que ocorrem nas Américas, segundo o boletim técnico “Cupins: pragas em áreas urbanas”, do IB. O cupim C. gestroi ocupa vários “ninhos” (estruturas independentes), muitos deles desprovidos de reprodutores, chamados “ninhos secundários ou subsidiários”.
“É frequente encontrar estes ninhos nas construções, inclusive com a presença de jovens, porém não é fácil encontrar o ninho central, com o par de reprodutores primários. Este aspecto da biologia dessa espécie torna ainda mais problemática a sua erradicação do local infestado, pois é possível que sejam eliminados os ninhos subsidiários e não o ninho central. Neste caso, haveria a possibilidade de ocorrer rapidamente uma nova infestação.”
Além de ocorrer infestações em árvores vivas e/ou raízes, esses cupins atacam madeiras usadas em construções, imobiliários e outros materiais celulósicos (papelão, livros), plásticos, tijolos de barro, couro, conduítes elétricos, gesso etc. “Apenas a madeira e produtos que contenham celulose são alimentos, os outros não celulósicos são eliminados sem serem digeridos.”
O ataque desse inseto pode ocorrer nos andares mais altos de edifícios, onde até mesmo revoadas podem ser vistas. A fundação de uma colônia de cupins subterrâneos em prédios residenciais pode ocorrer pela presença de ninho no subsolo; em raízes de árvores, no último andar do prédio e na laje do primeiro andar. A dispersão da infestação ocorre junto às redes hidráulica e elétrica.   
Esses cupins podem infestar uma edificação por diversas maneiras, como revoada (colônias de cupins subterrâneos, formadas a partir do vôo de dispersão que caracteriza a revoada dos alados), madeiras já infestadas, fissuras e frestas e árvores infestadas ou cortadas.
O melhor remédio contra a infestação de cupins são medidas preventivas. Mas também existe a alternativa de controle químico.
Segundo a Associação Paulista dos Controladores de Pragas Urbanas (APRAG), citada no boletim do IB, ao contratar serviços de controle de pragas, deve se ter alguns cuidados, como solicitar registro da empresa junto ao Centro de Vigilância Sanitária Estadual; verificar se o produto químico apresenta no rótulo o número do registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); exigir preço fechado antes da contratação do serviço; não aceitar orçamentos por telefone; solicitar nota fiscal do serviço, entre outros.
Instituto Biológico
Pesquisadores do Instituto Biológico realizam inspeção para a identificação de pragas em residências, prédios residenciais e comerciais, indústrias e armazéns. “Durante uma inspeção, é muito importante coletar os espécimes e/ou amostras do material danificado para posterior identificação”, relata o boletim técnico do IB. “Os cupins são coletados sem a presença de solo ou fragmentos de madeira e preservados em álcool. É importante etiquetar o material e incluir o máximo possível de informações sobre a localidade.”
O IB também recebe insetos para identificação. Eles devem ser acondicionados em recipientes com álcool, com exceção de lagartas, mariposas e borboletas. Já as formas jovens (larvas, lagartas, ninfas) devem ser enviadas vivas. Todo o material enviado deve ser rotulado com data e local de coleta (sítio, fazenda, cidade, estado), hospedeiro e nome do coletor.       
Outras informações podem ser obtidas na Unidade de Referência em Fitossanidade do IB, na Avenida Cons. Rodrigues Alves, 1252, sala 116 – São Paulo – Capital. O telefone é (11) 5087-1769 e o e-mail analise_fitossanidade@biologico.sp.gov.br.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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