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Concentração da chuva causa impacto na produção de milho, cana, hortaliças, frutas e flores, de acordo com IAC

Índices pluviométricos registrados em janeiro de 2017 estão dentro da média histórica na maioria das cidades paulistas, de acordo com informações do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), do Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Apesar de o volume de chuva deste ano estar dentro da média histórica para a maioria das regiões paulistas, a concentração e constância das precipitações dos últimos dias causaram impacto na produção de alguns produtos agrícolas, como milho safrinha, cana-de-açúcar, hortaliças, frutas e flores, além de ter dificultado o manejo de solo e tratos culturais.
O pesquisador do IAC Orivaldo Brunini aponta que as chuvas da última semana podem ter causado impacto na produção de milho safrinha em Capão Bonito e na região do Médio Paranapanema. “O plantio antecipado em Capão Bonito fez com as plantas fossem submetidas a altas temperaturas no início do mês e agora com excesso hídrico e baixa luminosidade, o que causa prejuízos na polinização. Os plantios na região do Médio Paranapanema podem atrasar”, explica.
O plantio de janeiro da cana-de-açúcar também deve ter sido afetado, de acordo com Brunini. A baixa luminosidade e o alto índice de chuvas favorecem o florescimento da cana em variedades sensíveis e a alta umidade é um fator prejudicial para o plantio da cultura. A colheita também deve ter sido afetada.
Essas condições climáticas causam impacto na produção de hortaliças folhosas, afetando a qualidade das folhas e ocasionando o aumento da incidência de doenças. Impactam também a qualidade de frutas como figo e uva, e flores, que não estão sendo cultivadas em sistema protegido.
Chuva
De acordo com dados do IAC, em Campinas choveu 267,46 milímetros de 1º a 26 de janeiro de 2017. A média de chuva para a cidade em janeiro, porém, é de 272,9 milímetros. O volume de chuva para os primeiros 26 dias de janeiro na cidade foi superior ao volume total registrado para o mês todo em 2015, quando choveu 202,95 mm, e 2014, quando foram registrados 181,35 mm.
Outros municípios, porém, registraram chuvas acima da média, como Franca, em que até 26 de janeiro de 2017 foi registrada precipitação de 425,70 mm, enquanto sua média histórica para o período é de 292,8 mm; e Vargem, com 340,11 mm em janeiro de 2017, quantidade superior aos 263,3 mm de média.
Observa-se que alguns locais já ultrapassaram a média do mês de janeiro. Porém, não se atingiu ainda valores máximos históricos, como Campinas, que já apresentou 629 mm no mês, e Ribeirão Preto, com valores acima de 430 mm. Os dados registrados fazem parte do Ciiagro, do IAC. O trabalho conta com o apoio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), também da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Para o secretário Arnaldo Jardim, São Paulo é hoje o Estado com maior quantidade de informações meteorológicas do Brasil, um trabalho com impactos positivos no campo e nas cidades. “No campo, as informações são usadas para orientar as etapas do processo de produção e indicar adequadamente variedades adaptadas às condições climáticas da região onde se pretende cultivar. A ferramenta agrometeorológica contribui para o uso racional dos insumos e sua aplicação no melhor momento, evitando coincidências com os períodos chuvosos. Este trabalho é uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin, pois melhora a produção”, afirma.
Banco de dados do IAC é o maior e mais antigo do País
O Instituto Agronômico (IAC) mantém 180 estações meteorológicas distribuídas em todo o Estado de São Paulo. O banco de dados do instituto de pesquisa paulista data de 1890 e se configura como o maior e mais antigo banco de dados meteorológicos do País. As informações sobre umidade relativa do ar, temperatura e precipitação pluvial são utilizadas por agricultores, Defesa Civil e instituições que trabalham com previsão do tempo.
As informações climáticas do IAC podem ser acessadas por qualquer computador ou celular conectado à internet, por meio do site www.ciiagro.sp.gov.br. O site tem cerca de quatro mil acessos por dia, totalizando 120 mil consultas mensais.
O IAC realiza zoneamento agroclimático, que é condição para o agricultor obter empréstimos bancários e seguro agrícola. O Instituto está em fase de finalização do zoneamento de espécies florestais e contribuiu com o zoneamento de cerca de 50 espécies, entre elas algodão, milho, soja e feijão.
Orivaldo Brunini é representante brasileiro na comissão de agrometeorologia, uma das sete comissões climáticas que compõem a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). O IAC mantém parceria na área com os Estados Unidos, Coréia do Norte e Índia, entre outros países.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
(19) 2137-8933

 

 

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