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Criador pede que governo compre estoques de suínos

Produtores de suínos do Paraná estão pedindo a intervenção do governo federal para amenizar os efeitos da crise que teve início com a ocorrência da aftosa e a proibição de exportação para a Rússia. Desde então, o preço do quilo de suíno, que já foi de R$ 2,70, caiu para cerca de R$ 1,70, valor que seria abaixo do custo de produção. A preocupação dos criadores cresceu com o incremento dos estoques da Sadia na região de Toledo. O presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Norte do Paraná, José Luiz Vicente da Silva, disse que a empresa ficou com excesso de 70 mil cabeças de porco com cerca de 130 quilos, prontos para o abate. Isso fora o estoque regulador. "Eles estão tendo de liberar esses animais e isso leva a queda nos preços", contou. A Sadia abate cerca de sete mil cabeças por dia em Toledo. Na opinião de Silva, para resolver o que chama de "ressaca da aftosa" é preciso que 20% do excedente de produção dos Estados do Paraná e Santa Catarina sejam comprados pelo governo federal. Pelos cálculos dele, teriam de ser comprados 200 mil cabeças. Uma fonte do setor informou que, para baixar os estoques, a Sadia está vendendo nos últimos dias animais vivos para o mercado livre, e já teria fechado negócios em Minas Gerais, São Paulo e também no Paraná. Procurada, a empresa não comentou a informação. Silva disse que cerca de 30% dos produtores pensam em sair da atividade. A cooperativa Coamo, segundo ele, estaria entre as desistentes. A cooperativa não confirmou a informação. Desde o segundo semestre do ano passado os produtores estão com a expectativa de que pelos menos o Estado de Santa Catarina seja liberada para exportação para a Rússia, o que ajudaria a desovar a produção. (ML)

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