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Custo E Rentabilidade Da Produção De Milho Safrinha Em Dois Níveis Tecnológicos

As altas significativas dos preços de milho no último trimestre de 2006, em decorrência do deslocamento de parte da produção do cereal nos Estados Unidos para a obtenção do etanol, provocaram aumento inusitado na semeadura de milho safrinha no Brasil na safra 2006/07, dada a expectativa de crescimento das exportações1. De acordo com o 7o levantamento de avaliação da safra 2006/07, da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), realizado em março de 2007, a área e a produção de milho safrinha na Região Centro-Sul brasileira deverão atingir, respectivamente, 3,7 milhões de ha e 13,8 milhões de toneladas, o que representa aumentos de 26% e 36% em relação à safra do ano precedente2. Dada a importância crescente da cultura do milho desenvolvida como segunda safra anual, em sucessão a uma cultura de verão (como a da soja, na maior parte das regiões produtoras), torna-se de fundamental relevância o conhecimento da economicidade da produção de milho safrinha, levando-se em conta o nível tecnológico (refletido em sistema de produção) e o respectivo custo operacional de produção. Apresenta-se neste trabalho estimativas de custo operacional de produção do milho safrinha, para sistemas de produção de média e alta tecnologia, adotadas na região do Médio Paranapanema, Estado de São Paulo, com base em preços de materiais e serviços levantados em fevereiro de 2007. Considera-se sistema de alta tecnologia aquele que compreende o uso de sementes híbridos simples e triplos, de elevado potencial produtivo, doses mais elevadas de adubo NPK, semeadura em época recomendada e produtividade esperada de 4.000kg ha-1. O sistema de média tecnologia compreende o uso de sementes híbridos duplos, de médio potencial produtivo, doses médias de adubo NPK, produtividade esperada de 3.000 kg ha-1 e semeadura após a época recomendada3. A metodologia de custo utilizada é a do custo operacional de produção, que considera despesas diretas com insumos (sementes, fertilizantes, defensivos, etc.), serviços de operação (mão-de-obra e operação de máquinas) e de empreitas, e despesas indiretas, como depreciação de máquinas, encargos sociais, encargos financeiros, etc.4. A soma das despesas diretas denomina-se custo operacional efetivo (COE) e quando se somam a estas as despesas indiretas o resultado denomina-se custo operacional total (COT). Os indicadores de rentabilidade utilizados foram: receita bruta, margem bruta, ponto de equilíbrio, lucro operacional e índice de lucratividade5. O custo operacional total (COT) de produção para o milho de alta tecnologia, com produtividade de 4.000kg ha-1, a preços de fevereiro de 2007, é de R$837,02 por hectare ou R$12,55 por saca de 60kg. O milho de média tecnologia (3.000kg ha-1) tem custo de produção de R$670,71/ha e de R$13,41/sc.60kg (Tabela 1).

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