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Debate de lideranças reúne especialistas para discussões sobre o futuro do leite no Brasil

Nesta quinta-feira (05/10), terceiro dia da 15ª edição da Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite, Expomilk 2006, foi realizado o 9º Debate de Lideranças, com o tema: "O Futuro do Leite no Brasil". Entre os participantes, seis especialistas em mercado lácteo apresentaram projeções otimistas e pessimistas sobre o futuro do leite no País, com o jornalista Joelmir Beting responsável pela mediação e análise das projeções de futuro. Beting deu início à atividade apresentando um panorama do cenário lácteo atual, situação das exportações nacionais e, falou também sobre a importância das transações comerciais com alguns países como a China, que é um mercado em potencial para os produtos alimentícios brasileiros. De acordo com o jornalista, o leite concorre no mercado interno com produtos duráveis, e, principalmente com as altas taxas de juros aplicadas no mercado nacional. "Como alguém consome leite e iogurte pagando juros de 300% ao ano?", ressaltou o Beting. "Nos últimos 15 anos, o mercado tem vivido em função do cliente. Com a facilidade de acesso à tecnologia, as pessoas estão mais informadas, mais exigentes e menos fiéis aos produtos. Isso atinge a cadeia do leite de uma forma geral", constatou o jornalista. Após o sorteio, o primeiro debatedor a apresentar seu posicionamento de projeção para o futuro foi Marcelo Costa Martins, engenheiro agrônomo e assessor técnico da Comissão Nacional do Leite, órgão da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). Para Martins, até 2000, juntamente com a Argélia e o México, o Brasil disputava o ranking dos maiores importadores de produtos lácteos do mundo e, a partir de 2001, houve uma alteração substancial do mercado leiteiro em função da melhora na qualidade do leite e da busca por uma balança comercial estável. Segundo o engenheiro agrônomo, de 2004 em diante é possível afirmar que o Brasil adquiriu auto-suficiência na produção de lácteos e a tendência é progredir. "Se hoje o País é auto-suficiente na produção, o caminho é melhorar, ou por meio da expansão do mercado interno, ou do aumento das exportações", afirma. Porém, a grande preocupação é como atingir essa expansão de mercado, seja ela interna ou externa. A sugestão de Martins é alterar os hábitos de consumo interno por meio de um programa de marketing para o setor. "O Brasil futuramente terá um excedente de produção. É preciso arranjar mercado para esse excedente", disse.

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