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Depois do RS, Newcastle é confirmada no Amazonas

O Ministério da Agricultura informou ontem que foi detectada a doença de Newcastle em um pato em propriedade perto do parque industrial de Manaus (AM). O caso foi identificado durante monitoramento para influenza aviária e doença de Newcastle em propriedades com aves de subsistência, num raio de 10 km ao redor de locais de invernada de aves migratórias. No mês passado, a doença foi confirmada em Vale Real (RS), a 3.050 quilômetros de Manaus. As amostras de material para análise de nove patos e seis galinhas - que não apresentavam sinais clínicos da doença - foram colhidas no dia 21 de junho em Manaus. No dia 5 de julho, o material foi enviado ao Laboratório Nacional Agropecuário de São Paulo (Lanagro-SP), informou o ministério. No dia 7 deste mês, o Lanagro confirmou o isolamento viral em amostra colhida de um pato. O índice de patogenicidade intracerebral (IPIC) encontrado foi de 1,88. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) considera doença de Newcastle quando o IPIC é igual ou superior a 0,70. Segundo o ministério, após a confirmação do caso, o trânsito de animais e produtos de risco foi restrito, conforme previsto no Plano Nacional de Contingência. E as aves da propriedade foram sacrificadas. Se a doença de Newcastle é motivo de apreensão no Brasil, nos EUA é a gripe aviária que preocupa. Mas a pesquisadora Liana Brentano, da Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), especialista em doenças virais, avalia que o aparecimento de uma variante de baixa patogenicidade do vírus H5N1 no Michigan, não é razão para alarde no Brasil. Segundo ela, o risco de o vírus chegar ao país é "pequeno", uma vez que em outras ocasiões, em que surgiram focos dos subtipos H5 e de H7, ambos patogênicos, nos EUA, eles foram eliminados prontamente e o Brasil não foi afetado. Além disso, o fato de ser um vírus de baixa patogenicidade também reduz a preocupação. A pesquisadora explicou que existem duas variantes do H5N1, a americana e a da Eurásia. A segunda, de alta patogenicidade, é que afetou plantéis da aves na Ásia, África e Europa e já matou 139 pessoas. Mesmo sendo de baixa patogenicidade os focos da variante H5N1 americana precisam ser eliminados pois há o risco de mutações para cepas mais virulentas. "O fato de ser um subtipo H5 requer cautela", afirmou. Nesses casos, as áreas afetadas precisam ser isoladas para que o plantel comercial não seja afetado. Brentano não descarta a possibilidade de uma cepa do vírus chegar ao Brasil, mas avalia que, se isso ocorrer, provavelmente será de variantes que já existem nas Américas. No mês passado, o ministério confirmou ter encontrado vírus das cepas H3 e H4 em aves nas regiões de Mangue Seco e Itaparica, ambas na Bahia. Essas cepas não oferecem risco à saúde humana ou dos animais.

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