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Dez anos do Planeta Inseto: conheça sete curiosidades encontradas no único zoológico de insetos do Brasil

Mais de 475 mil pessoas já visitaram a exposição e conheceram sobre a importância dos insetos de forma lúdica e divertida

A exposição Planeta Inseto, mantida pelo Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, completou dez anos neste mês de dezembro. Em uma década de atuação, o único zoológico de insetos do Brasil já recebeu mais de 250 mil visitantes em sua exposição fixa na capital paulista. Mais de 225 mil pessoas também conheceram sobre a importância dos insetos para a vida cotidiana em exposições itinerantes levadas para todo o Estado de São Paulo, além de Alagoas, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Sul. No Spotify e no Soundclound tem audioboletim sobre a atração.

“O objetivo da exposição é mostrar de forma lúdica e divertida para o público a importância dos insetos para a produção de alimentos e para todo o ecossistema. Queremos desmistificar essa imagem de que os insetos são nojentos. Eles são organismos importantes para toda a vida no planeta”, afirma Mário Kokubu, biólogo e educador do Planeta Inseto.

Neste momento de pandemia, a exposição física está fechada, mas o público pode continuar aprendendo sobre os insetos, por meio de uma visitação virtual gratuita. A equipe do Planeta Inseto também tem realizado lives para visitas exclusivas de escolas e participado de eventos online com parceiros da área de turismo.

Para te deixar com vontade de conhecer de pertinho o Planeta Inseto, para quando a exposição física voltar a receber público, listamos sete curiosidades sobre a mostra. Confira abaixo!

Corrida de baratas

Você já viu uma corrida de baratas? Sim, isso existe! O público do Planeta Inseto conhece bem o baratódromo, local em que seis baratas comuns criadas em laboratório correm em raias para mostrar a crianças e adultos sobre o hábito de vida desses insetos.

Segundo Kokubu, as baratas correm quando são expostas a luz e ao som alto, por isso, o público do Planeta Inseto grita e bate palma durante a corrida. Quer um spoiler? Ao final, quem escolheu a barata vencedora recebe um “prêmio” um pouco... estranho.

Baratas gigantes

Já que o assunto é barata, na exposição Planeta Inseto é possível conhecer duas espécies gigantes: a de Madagascar, maior do mundo, e a Cabeça da Morte, maior do Brasil.

De acordo com o educador do Planeta Inseto, as baratas são muito importantes, pois têm a função de reciclar o lixo orgânico. “Esses insetos se alimentam de restos de vegetais e de animais que estão na natureza e ajudam na incorporação desses resíduos, que são um adubo rico, no solo. A barata comum, que encontramos no esgoto, também têm essa função. Ela se alimenta do lixo das cidades e acaba se contaminando com fungos, bactérias e microrganismos que convivem com o ser humano”, explica.

Formigueiro de vidro

Alguns insetos chamam a atenção pela forma como se organizam. As formigas, por exemplo, vivem em sociedade altamente organizada e especializada, dividida em castas, onde cada indivíduo tem uma tarefa definida e a sobrevivência do grupo depende de cada um.

Para saber como funciona o interior de um formigueiro e a função de cada uma das formigas nessa sociedade, o Planeta Inseto mantém um formigueiro de vidro, em que é possível visualizar as formigas alimentando o fungo, jogando fora o lixo e trabalhando para manter sua casa bem organizada.

Recanto das abelhas

As abelhas são outro exemplo de insetos sociais. Além de produzirem um mel delicioso, elas têm uma função importantíssima para a biodiversidade e produção de alimentos: a polinização.

Na exposição do Instituto Biológico o público se sente dentro de uma colmeia na atração 3D Recanto das Abelhas. Além disso, os visitantes podem visualizar como as abelhas vivem por meio de uma câmera instalada no apiário do Instituto, que conta com espécies de abelha Jataí, Iraí, Mandaçaía e Uruçu-Amarela, todas nativas e sem ferrão.

Natureza controlando a natureza

Você sabia que é possível utilizar alguns insetos para controlar pragas e doenças em plantas de importância agrícola? É o caso do controle biológico, tecnologia que consiste no uso de inimigos naturais de determinadas pragas e doenças para o seu controle.

Esta é uma tecnologia considerada sustentável, pois seu uso reduz ou elimina a necessidade da aplicação de defensivos agrícolas na plantação, contribuindo para a preservação do ambiente e para a segurança do trabalhador rural e do consumidor.

No Planeta Inseto é possível conhecer esses insetos e ver como eles atuam na agricultura. O Instituto Biológico, inclusive, é referência no Brasil e no exterior em pesquisas nessa área, por isso, pode compartilhar esse conhecimento com todos.

Uma conquista amorosa diferente

Na natureza a conquista amorosa pode ser bem diferente do que na vida humana. É o caso de um besouro chamado de rola-bosta, que também pode ser visto no Planeta Inseto. De acordo com Kokubu, esse besouro é do tipo coprófago, ou seja, se alimenta de restos de fezes e estercos de outros animais, principalmente daqueles que consomem muita fibra.

“Como o nome já diz, o besouro rola-bosta faz uma bola com as fezes desses animais e as utiliza para se alimentar, criar larvas e conquistar o coração das fêmeas. O macho que fizer a maior bola de fezes fica com a fêmea”, conta.

A importância desse inseto está na reciclagem de nutrientes, já que atua na decomposição de matéria no ecossistema, recolhendo as fezes da natureza. Eles não são considerados praga, pelo contrário. Em alguns casos, podem atuar em pastos de bovinos, por exemplo, combatendo pragas, como a mosca-dos-chifres, um problema sério da pecuária.

Insetos da exposição vivem em ambiente limpo

Os insetos da exposição Planeta Inseto vivem em ambiente limpo, por isso, os visitantes podem interagir com eles, pegando e passando a mão. Kokubu explica que o Instituto Biológico cuida muito bem dos insetos, que são alimentados com rações, folhagens e frutos de diversos tipos e conforme a espécie do inseto, pelo menos duas vezes por dia.

Por estarem nesse ambiente limpinho, é possível pegar na mão na barata-de-Madagascar e o bicho-pau, que usa a camuflagem na natureza para se proteger de predadores e caçar suas presas.

Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
fdomiciano@sp.gov.br
gsalmeida@sp.gov.br

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