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Dia do Boi: Ações da Secretaria focam na qualidade e sanidade da carne

Nesta quarta-feira, dia 24, é comemorado o Dia do Boi, animal que desde os tempos mais remotos sempre teve grande influência na vida humana como meio de transporte, assim como na alimentação.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) tem o objetivo de melhorar a qualidade e sanidade da carne bovina, oferecendo também maior rentabilidade aos pecuaristas. Para isso, conta com estudos e tecnologias desenvolvidas pelos seus institutos de pesquisa.

Boi 7.7.7

A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão da SAA, desenvolveu em seu Polo de Colina uma tecnologia inédita para a produção de gado de corte. O "Boi 7.7.7" preconiza a produção de um gado de 21 arrobas em até dois anos, quando normalmente leva-se até três anos para produzir um animal de 18 arrobas. O sistema tem como meta que o animal alcance sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda, daí deriva o nome “Boi 7.7.7”. O método aumenta em 30% os lucros dos pecuaristas e tem revolucionado a pecuária de corte do Brasil, sendo adotado em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, no Paraná e em Rondônia – principais regiões produtoras.

As vantagens desta tecnologia têm impactado na indústria. A empresa Phibro Nutrição Animal é parceira e realiza o projeto Pecuária do Conhecimento, com o objetivo de disseminar o conceito e transferir conhecimentos e informações para o desenvolvimento de uma pecuária eficiente, rentável e sustentável. Em sete anos de atividade, 2.500 pecuaristas foram treinados em Colina, com aulas teóricas e práticas.

O frigorífico Minerva Foods também tem incentivado a adoção da tecnologia. Eles criaram, em parceria com a APTA, o “@ + Lucrativa”, um programa de suporte ao produtor na suplementação dos animais em todas as fases de produção. O objetivo é financiar e dar suporte técnico para produtores, para que eles consigam suplementar a produção de gado de corte e atingir a meta do conceito do Boi 7.7.7. Ao incentivar a adoção do conceito tecnológico, a empresa consegue abater animais mais jovens e pesados.

Centros de pesquisas

O Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Pasta, busca por meio de seus centros de pesquisa - Centro Avançado de Pesquisa de Bovinos de Corte e Centro de Pesquisa de Bovinos de Leite - a transferência de tecnologias e identifica os impactos sociais, econômicos, ambientais, científicos e tecnológicos de seus estudos. Com base no Plano de Desenvolvimento Institucional em Pesquisa (PDIP), da FAPESP, foram priorizadas três áreas estratégicas, visando criar novos conhecimentos e aumentar qualitativa e quantitativamente a capacidade institucional para inovação: Produção Sustentável de Carne, Produção Sustentável de Leite e Sistemas Integrados de Produção Agropecuária.

Centro Avançado de Pesquisa de Bovinos de Corte

Com quase um século de trabalho na pecuária, o Centro visa elevar a produtividade, eficiência e o bem-estar animal. O Centro fica no município de Sertãozinho e é pioneiro na pesquisa científica mundial com as raças de corte Nelore e Caracu. Destaca-se por gerar benefícios ao meio científico, técnico e de criação. O Programa de Seleção para Peso ao Sobreano do IZ mantém desde 1976 o objetivo de aumentar a produção de carne por animal e diminuir a idade de abate.

Centro de Pesquisa de Bovinos de Leite

Conta com um rebanho leiteiro de aproximadamente 150 bovinos, de raça Holandesa, em sistema semi-intensivo de produção, no qual os animais recebem suplemento alimentar na pastagem. Tem como meta a realização de pesquisas nas áreas de qualidade do leite, segurança alimentar, bem-estar animal - com ênfase em ambiência, comportamento, melhoramento genético e modelagem de sistemas de produção.

Qualidade de carnes bovinas

O Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-APTA) possui o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC) com foco na qualidade e segurança de carnes e produtos cárneos, levando em consideração a origem dos animais abatidos para o processamento.

No caso do boi, a qualidade da carne é influenciada principalmente pela genética, pela saúde animal, pelo tratamento no frigorífico e pelas condições de distribuição do produto no varejo. Os animais não podem passar por situações de estresse em seu ciclo de vida, pois isso altera seu metabolismo, dificultando a conservação do produto após o abate.

Sanidade e vigilância

Zelar pela sanidade dos bovídeos do Estado de São Paulo, que possui um rebanho de 11 milhões de cabeças, é uma das missões da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). A vigilância sanitária animal no Estado é realizada para tomada rápida de decisão quando do surgimento de alguma ocorrência e para rastrear a origem de uma doença exótica, objetivando evitar que ela se alastre, comprometendo todo o rebanho paulista.

A sanidade animal não pode ser negligenciada porque causa prejuízo econômico ao produtor com óbitos de animais, restrição ao comércio, cancelamento de eventos, risco à saúde pública etc. Também prejudica as exportações, pois há restrições de ordem sanitária para o comércio entre os estados e outros países, além de poder causar a perda ou o rebaixamento do status sanitário do País.
Além de coordenar a campanha de vacinação contra a febre aftosa e a brucelose, a Defesa Agropecuária acompanha a rota e a movimentação dos animais para permitir a rastreabilidade e eficiência nas ações.

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