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Está em falta farinha de trigo no Brasil

O apagão energético na Argentina deve movimentar o mercado para as compras de farinha de trigo nacional. A crise de energia está atrasando as entregas programadas da farinha processada pelos fornecedores argentinos ao Brasil, o que abre um espaço para a maior procura pelo produto brasileiro, que até então era deixado de lado por ser 10% mais caro. Os subsídios concedidos na Argentina ao produto tornavam os preços do trigo nacional gravosos. "Já está havendo aumento na procura da farinha nos moinhos brasileiros por conta dos atrasos nas entregas programadas pelos argentinos’’, confirmou o presidente do Sindicato das Indústrias do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), Luiz Martins. Com a crise de energia no país vizinho, dificilmente os moinhos do país vizinho conseguirão cumprir a previsão de exportar 400 mil toneladas de farinha de trigo neste ano para o Brasil. Esse volume seria 33% maior que o embarcado no ano passado - conforme o presidente do Sindustrigo. Martins informou que o Brasil já importou 220 mil toneladas até junho. "Com a crise, eles não conseguirão exportar as 400 mil toneladas de farinha de trigo porque eles já estão trabalhando com oito horas menos por dia", complementa. Embora o país vizinho seja o principal fornecedor de farinha ao Brasil, existe uma velha queixa da indústria brasileira contra os subsídios aplicados à farinha processada da Argentina. Se por um lado, a crise vai trazer problemas para os compradores do produto, por outro lado, a indústria brasileira se beneficiará desse cenário. "É bom para a indústria brasileira porque a argentina está deixando de atender aos pedidos brasileiros. Isso mostra quanto os nossos vizinhos são frágeis como fornecedores. Não são confiáveis", acrescentou Martins. Os principais compradores da farinha de trigo no Brasil são o varejo e a indústria de panificação. E os fornecedores no mercado interno são os moinhos, como M. Dias Branco e Anaconda. Também nos preocupa, o fato de estarem com problema de energia com a produção de fertilizantes, pois isso pode afetar a safra de trigo. É possível que poderemos contar com a oferta de trigo para suprir a demanda nacional, acrescentou.

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