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Estudo do Ital mostra que massas industrializadas são produzidas com as mesmas matérias-primas usadas em fabricação caseira ou artesanal

Análise da composição nutricional de 269 produtos constata que essas massas também são “alimentos de verdade”

As massas industrializadas são produzidas, majoritariamente, pelas mesmas matérias-primas alimentícias utilizadas em fabricação caseira ou artesanal, de acordo com estudo publicado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-APTA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A partir da análise de composição nutricional de 269 produtos comercializados no Brasil, o Ital constatou que as massas industrializadas são “alimentos de verdade” e que, apesar da mistura de outros ingredientes com finalidade tecnológica em vários produtos, com o objetivo de obtenção de melhor textura ou conservação, essa inserção de ingredientes é feita em quantidade muito inferior às matérias-primas utilizadas e é absolutamente segura.

Os resultados do trabalho podem ser conferidos na Série Alimentos Industrializados 2030 – Massas Alimentícias Industrializadas, lançada neste 25 de outubro, data em que se comemora o Dia do Macarrão.

A pesquisa analisou a composição de ingredientes e nutrientes com base nas informações contidas nos rótulos de 29 marcas/empresas diferentes, contemplando massas secas longas e curtas (espaguete, talharim, bavette, tagliatelle, fusili/parafuso, lasanha), massas secas instantâneas (lámen, yakisoba, udon, soba), massas refrigeradas sem recheio (espaguete, tonnarelli, tagliatelle, pappardelle, lasanha, nhoque), massas refrigeradas com recheio (sorrentino, capeletti, fagottini, raviolli, tortelloni, nhoque), massas para pastéis e panquecas, massas para pizza e massas para tortas salgadas.

“Os resultados são suficientes para derrubar vários mitos sobre as massas industrializadas. Os dados obtidos mostram que os produtos comercializados são nutritivos, saudáveis e seguros para consumo, compondo parte importante da dieta dos brasileiros”, afirma Luis Madi, coordenador do projeto Alimentos Industrializados 2030 e diretor de Assuntos Institucionais do Ital, um dos seis Institutos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

Madi explica que a composição nutricional dos produtos varia bastante conforme os ingredientes utilizados. Além das massas tradicionais elaboradas com farinha de trigo comum ou sêmola de trigo, existem as feitas com farinha de trigo integral, trigo misturada com farinhas de arroz, milho, linhaça, aveia e chia ou as misturadas com vegetais, leguminosas, grãos, sementes, além das massas feias com arroz.

Em relação às massas refrigeradas recheadas, a variação é bem grande considerando os diversos tipos de recheios utilizados, como carnes, queijos e vegetais diversos. No trabalho, foram tabulados todos os ingredientes, discriminados na rotulagem, para analisar a frequência de utilização nos produtos. Esses ingredientes, classificados como matérias-primas, aditivos e conservantes, são descritos conforme o motivo de uso e a legislação que regulamenta a utilização.

“Em relação ao valor nutricional, todos os tipos de massas industrializadas carregam nutrientes importantes para a nutrição humana, principalmente devido aos seus conteúdos de proteínas e fibras. Por outro lado, a grande diversidade de produtos existentes no mercado impede que sejam feitas generalizações sobre seus conteúdos nutricionais, uma vez que existem opções com teores reduzidos de calorias, gorduras saturadas e sódio. Esclarecemos no estudo os motivos para uso de aditivos em determinados produtos, bem como a legislação brasileira que aprova o uso de forma absolutamente segura”, explica Madi.

Em alta: Brasil consome mais de 1 milhão de toneladas por ano de massas industrializadas

No Brasil, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), em 2020, o consumo total das massas alimentícias foi de, aproximadamente, 1,1 milhão de toneladas, sendo que as massas secas representaram 80,9% do volume de vendas, seguidas das massas instantâneas com 14,6% e massas frescas refrigeradas com 4,5%.
De acordo com a Associação, o consumo de massas nos lares tem aumentado nos últimos anos devido ao fraco desempenho da economia brasileira, destacando que 74% das pessoas passaram a cozinhar mais em casa no lugar de ir a restaurantes, conforme dados de uma pesquisa realizada em 2018 pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo/Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP).

O diretor de assuntos institucionais do Ital destaca que desde suas origens, as massas alimentícias desempenharam papel fundamental na alimentação e nutrição da humanidade, destacando-se pelo seu conteúdo básico de carboidratos balanceado com teores significativos de proteínas e fibras. “Nas últimas décadas, principalmente nos países desenvolvidos, o mercado de massas tem sido estimulado pela maior demanda de produtos integrais e fortificados com proteínas entre outros ingredientes alinhados a essa macrotendência. O mercado brasileiro também tem apresentado lançamentos de novos produtos com essas características. De acordo com a ABIMAPI, em 2017, as massas integrais foram adquiridas por 4,7% da população brasileira e têm se tornado cada vez mais populares”, afirma.

Também compõem a Série Alimentos Industrializados 2030 publicações sobre pães, biscoitos, iogurtes, sucos e outras bebidas não carbonatadas, pizzas, sorvetes e hambúrgueres, estando previstos até o fim do ano documentos sobre bolos e chocolates, que ficarão disponíveis gratuitamente, assim que lançados, nas páginas PITec e Publicações no site do Ital.

Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
fdomiciano@sp.gov.br
gsalmeida@sp.gov.br

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