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EUA vão comprar mais carne bovina do Brasil

O governo deve habilitar mais três plantas frigoríficas para exportação de carne bovina processada para os Estados Unidos. As novas habilitações devem aumentar de 15% a 20% os embarques do Brasil para o mercado americano. A informação é do diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Nelmon Oliveira da Costa. Segundo ele, 20 unidades têm autorização para vender aos EUA e, desse total, oito plantas serão inspecionadas pelo veterinário Don Carlson, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), que chegou ontem ao Brasil para avaliar as condições dos frigoríficos, indústrias de processamento de carne e laboratórios de quatro Estados. Ele ficará no País até 12 de setembro, quando terá uma reunião final com técnicos do ministério em São Paulo. Segundo números da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec), as exportações de carne industrializada renderam US$ 165,129 milhões de janeiro a julho deste ano. O volume embarcado foi de 97,9 mil toneladas. Em igual período do ano passado, o volume embarcado foi de 61,78 mil toneladas e as vendas renderam US$ 84,8 milhões. De acordo com Costa, o ano passado foi atípico porque, durante alguns meses, o Ministério da Agricultura não emitiu os certificados que permitem a exportação porque os frigoríficos não estavam cumprindo as regras previstas no acordo sanitário entre Brasil e Estados Unidos. Em 2006, a situação é melhor, disse. A visita que o técnico americano iniciou ontem é de rotina e, segundo o diretor, o fato de ocorrer só uma vez este ano é um indicativo de que os EUA estão satisfeitos com o programa de controle adotado pelas empresas e auditado pelo governo. No ano passado, quando houve a suspensão dos certificados de exportação, os americanos estiveram quatro vezes no Brasil. Mesmo com a situação melhor, o ministério resolveu cancelar provisoriamente a licença para que a unidade do frigorífico Bertin, que fica em Lins, exportasse carne enlatada ao mercado americano. Isso porque o governo dos EUA reclamou de um carregamento fora das especificações. "Eles fizeram uma reclamação e constatamos que houve um problema com o produto durante a viagem até os Estados Unidos", disse Costa, sem dar mais detalhes. O técnico do Usda visitará a unidade do Bertin no interior de São Paulo na segunda e na terça-feira. Ontem, na reunião com o diretor do ministério, o técnico não fez questionamentos sobre a condição sanitária do País, segundo Costa. Na semana passada, relatório do Tribunal de Contas da União apontou "falhas graves" no sistema de vigilância e, no fim de semana, reportagem do Estado mostrou que não há controle do trânsito de animais na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. O Brasil não tem permissão para vender carne bovina in natura aos EUA, mas pleiteia há muitos anos a abertura desse mercado. "O grande sonho do Brasil é vender carne fresca aos Estados Unidos, que seriam a porta para as vendas a outros mercados, como Japão. Vender para os EUA dá status, é sinônimo de qualidade", concluiu.

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