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Exportação americana provoca alta dos grãos

As exportações de grãos dos Estados Unidos acima do esperado pelo mercado e as incertezas em relação aos danos que o clima poderá causar às lavouras do Meio-Oeste estimularam nessa quinta-feira (02-08) nova alta nos preços de soja, milho e trigo na bolsa de Chicago. A maior valorização ocorreu no trigo. O contrato para entrega em dezembro subiu 7,50 centavos de dólar (2,1%), para US$ 6,6350 por bushel. Na bolsa de Kansas, o contrato de trigo para dezembro subiu 3 centavos de dólar, para US$ 6,5075. Daniel D"Ávila, analista da Fimat Futures, citou como principal fator de sustentação a forte demanda pelo trigo americano. Conforme relatório do Departamento de Agricultura (USDA), na semana encerrada no dia 26, os EUA exportaram 1,741 milhão de toneladas, quando a expectativa do mercado era de que o volume ficaria entre 650 mil e 900 mil toneladas. Ainda ontem houve compras pelo Japão de 146 mil toneladas. O Iraque também anunciou interesse na compra de 50 mil toneladas. Para Élcio Bento, analista da Safras&Mercado, a demanda maior pelo trigo americano e o cenário de clima desfavorável à cultura potencializaram a tendência de alta nos preços da commodity. Ele observa que a oferta global de trigo na safra 2007/08 (incluindo estoques) é de 736 milhões de toneladas, para um consumo de 620 milhões. "Isso leva o mercado à menor relação estoque/consumo da história, de 16%", observa Bento. Nesse cenário, predominam as incertezas sobre o clima no Meio-Oeste (principal zona produtora de grãos dos EUA). Conforme o Serviço Nacional de Meteorologia americano, a temperatura na região deve ficar em torno de 30ºC nos próximos dez dias, com possibilidade de chuvas esparsas - o que também pode afetar as lavouras de soja e milho. Para milho e soja, a nova estimativa de safra divulgada pela consultoria FC Stone também estimulou compras por especuladores. O contrato de milho para dezembro fechou em alta de 5,25 centavos de dólar (1,5%), para US$ 3,4125 por bushel. O contrato de soja para dezembro subiu 5,75 centavos de dólar (0,7%), para US$ 8,3825 por bushel. A FC Stone reduziu as estimativas de produção americana de milho, para 12,644 bilhões de bushels (inferior à previsão do USDA, de 12,84 bilhões) e de soja, que ficou em 72,97 milhões de toneladas, ante 71,44 milhões prevista pelo USDA. "Paira sobre o mercado a expectativa de que o USDA também reduzirá suas projeções", diz D"Ávila. Renato Sayeg, da Tetras Corretora, também acredita que o USDA irá alterar sua projeção, mas observa que a estimativa de produtividade para a soja americana está em 41,5 bushels por acre, quando a média das três safras anteriores foi de 42,3 bushels/acre - mesma média adotada pela FC Stone. Os analistas também citaram as exportações americanas acima do esperado como fatores de estímulo à alta nos preços. Conforme o USDA, na semana do dia 26 de julho, os embarques de soja somaram 440 mil toneladas, quando o mercado previa entre 250 e 450 mil. Já as vendas de milho alcançaram 1,776 milhão de toneladas - o mercado esperava de 700 mil a 900 mil toneladas. "A China teve uma participação forte no mercado nessa semana", observa Sayeg. Redação Fonte: Valor Econômico

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