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IAC-APTA lança cultivares de feijão, amendoim e sorgo vassoura na Agrishow 2017

O Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lança cultivares de feijão gourmet e preto, amendoim e sorgo vassoura na Agrishow 2017. Os materiais têm características que atendem as necessidades do produtor rural, indústria e consumidor.
Confira os textos abaixo.

IAC lança na Agrishow 2017 duas cultivares de feijão tipo gourmet e uma do tipo preto
Carla Gomes e Mônica Galdino – Assessoria de Imprensa – IAC
O Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lançará na Agrishow 2017 duas cultivares de feijão tipo gourmet e uma do tipo preto. A cultivar IAC Nuance de grãos rajados tipo Cramberry é a primeira no Brasil com registro no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Até então, o que se cultiva desse feijoeiro no Brasil é material que vem de outros países. Esse tipo de grão tem excelente aceitação no exterior e a IAC Nuance abrirá uma nova possibilidade de negócio nos mercados dos Estados Unidos, Canadá e Europa, em especial da Espanha e Itália. A cultivar IAC Tigre apresenta grãos rajados tipo Pinto Beans, um tipo americanizado, consumido no México e na Europa.
Esses feijões de grãos especiais têm alto valor agregado. Os preços costumam ser o dobro do aplicado quando comprado ao tipo Carioca. Além disso, não sofrem tanta variação, o que permite ao agricultor fazer planejamentos. “O preço é mais previsível, o mercado futuro é mais garantido. O valor não oscila tanto como ocorre com o Carioca”, diz o pesquisador do IAC, Alisson Fernando Chiorato.
No Brasil, a saca do feijão tipo rajado para o agricultor tem girado ao redor de R$ 200,00 a R$ 250,00 e nas gôndolas do supermercado, o pacote de meio quilo custa cerca de R$ 5,00 a R$6,00. No mercado americano, o consumidor paga, aproximadamente, US$ 6,00 pelo quilo do feijão tipo Pinto Beans.
A IAC Nuance, ao contrário dos materiais importados, foi desenvolvida para apresentar bom desempenho agronômico em solo e clima brasileiros. O resultado é alta produtividade, com potencial que pode chegar até 4.130 quilos, por hectare, além de resistência à antracnose e tolerância ao Fusarium oxysporum, características que reduzem de 20% a 30% o controle químico feito com agrotóxicos. Essa redução reflete na diminuição do custo de produção e também do impacto ambiental. Este perfil fitossanitário é o mesmo para as três novas cultivares.
O ciclo precoce da IAC Nuance, em torno de 70 a 75 dias, representa agilidade na colheita e amplia a chance de colocá-la como outra opção de cultivo na propriedade. “Para o agricultor, a precocidade permite o giro rápido no negócio”, diz o pesquisador.
O IAC Nuance tem grão mais arredondado — formato que o mercado procura. “É um produto diferenciado, muito desejado pelas empresas que trabalham com exportação”, explica. O IAC já havia desenvolvido a cultivar IAC Harmonia, que se assemelha ao IAC Nuance, mas a diferença está no formato do grão.
De acordo com o pesquisador, a cultivar IAC Tigre chega para abrir um mercado, assim como fez o Carioca na década de 70. “A IAC Tigre apresenta o mesmo tegumento das cultivares americanas que são exportadas para o México, Canadá e Europa”, afirma. O grão é semelhante ao do Carioca, mas é maior e ao invés de listras ele tem pontuações de coloração marrom.
A IAC Tigre tem potencial produtivo que chegar até 4.383 quilos, por hectare. O porte de planta, hábito de crescimento e o manejo são semelhantes ao das cultivares Cariocas cultivadas no Brasil.
Preto
A cultivar IAC Netuno é recomendada ao setor produtivo por apresentar, após cozimento, excelente qualidade de caldo de coloração preto achocolatado, com grãos íntegros que não se partem durante a cocção e mantêm a mesma coloração após o cozimento. Na lavoura, a IAC Netuno é tolerante ao crestamento bacteriano, a principal doença do feijão preto que, em geral, é muito suscetível a esta doença. “Essa tolerância ajuda a melhorar a qualidade dos grãos e por afetar menos a planta, melhora a produtividade”, destaca. A IAC Netuno também é tolerante aos períodos prolongados de chuva durante a colheita. “Essa característica mantém a integridade do grão em função da vagem ser mais “resistente” ao encharcamento”, diz Chiorato.
As três cultivares são indicadas para cultivo no Sul e no Centro Oeste brasileiro. As três novas cultivares apresentam qualidade de caldo de acordo com os padrões da indústria empacotadora, teor de proteína médio de 21% e tempo de cozimento em torno de 25 a 30 minutos, que é a média das cultivares.
“O IAC traz ao agricultor novas alternativas de cultivo, com possibilidades de alcançar nichos de mercado e agregar valor ao negócio do feijão, com benefícios para várias regiões do Brasil, como recomenda o governador Geraldo Alckmin”, diz o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim.

IAC lança amendoim com características que atendem às necessidades de agricultores e indústria
Carla Gomes e Mônica Galdino – Assessoria de Imprensa – IAC
O período de festas juninas se aproxima e o Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lança mais uma cultivar de amendoim, queridinho da indústria de confeitos e da população brasileira. A cultivar IAC OL5, que será lançada durante a Agrishow 2017, é alto oleico, com grãos que possuem de 70% a 80% de ácido oleico, característica que garante maior tempo de prateleira ao produto, sem perder o sabor. Essas características têm grande relevância, sobretudo, porque 80% da produção de amendoim são destinados para a indústria de confeitaria. “Este índice é alto, comparado aos amendoins tradicionais, que têm cerca de 40% a 50% desse ácido”, diz o pesquisador do IAC, Ignácio José de Godoy. Ele explica que as indústrias buscam materiais que proporcionem maior durabilidade dos produtos.
Para o consumidor, há ainda uma vantagem nutricional: o ácido oleico contribui para reduzir a taxa de triglicérides e aumentar o bom colesterol.
Segundo Godoy, a cultivar IAC OL5 está sendo lançada como uma nova opção aos produtores porque associa o ciclo mais curto com uma relativa resistência a doenças. A cultivar apresentou adequação para um período de cultivo inferior a 130 dias, característica desejável para adoção em áreas de renovação de canavial.
A IAC OL5 foi exposta ao vírus Tomato Spotted Wilt Virus, em testes realizados na em região de Tifton, no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, onde há alta incidência desse vírus. “O resultado apontou que a cultivar é moderadamente resistente”, afirma. Segundo o pesquisador, no Estado americano, a incidência desse vírus é alta e traz altos danos econômicos ao cultivo de amendoim. “Nas lavouras paulistas, a incidência tem sido moderada, mas também causa prejuízos à cultura”, diz.
Com alta produtividade, que fica acima de seis mil quilos, por hectare, em casca, as cultivares IAC representam 60% da produção paulista de amendoim. O Estado de São Paulo produz 400 mil toneladas do produto em casca, o que representa 90% do volume nacional.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, as pesquisas do IAC buscam atender todos os setores da sociedade. “O IAC procura atender demandas não só dos produtores e consumidores, mas também da indústria. Esta é uma recomendação do governador Geraldo Alckmin”, diz.

IAC lança cultivar de sorgo vassoura de porte baixo na Agrishow 2017
Carla Gomes e Mônica Galdino – Assessoria de Imprensa – IAC
Uma nova cultivar de sorgo de porte baixo destinado principalmente para a produção de vassouras será lançada pelo Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, durante a Agrishow 2017. A cultivar IAC 10V50 destaca-se pelo porte baixo e maior produtividade de palha, que é 10% superior à de outros materiais, como as cultivares de porte alto Tietê e Saltinho. A nova cultivar também possui palha de excelente qualidade e resistência ao acamamento.
A IAC 10V50 possui porte baixo devido ao melhoramento realizado pelo IAC, que cruzou uma cultivar de porte alto com uma anã para obtenção do material. Até então, todos os materiais de sorgo vassoura existentes são altos, exigindo dobrar a planta para o agricultor conseguir para fazer o corte. “O porte baixo facilita a colheita manual, porque fica na altura da mão do trabalhador, além de facilitar também o corte mecânico. Este perfil permite ainda a redução do espaçamento e o aumento da população de plantas, o que contribui para aumento da produtividade”, explica o pesquisador do IAC, Eduardo Sawazaki.
Ele acredita que ao disponibilizar novas cultivares mais competitivas, o IAC contribui para criar um novo mercado para a fabricação de vassouras. “Hoje esse produto é tido como algo artesanal devido à sua produção estar limitada aos pequenos produtores”, afirma. O IAC está produzindo sementes que serão disponibilizadas ainda este ano.
 Outro atrativo para a produção de sorgo é o lucro gerado com a fibra. O preço do quilo da fibra do sorgo varia de R$ 6,00 a R$ 8,00, segundo o pesquisador. “Os grãos do sorgo vassoura não têm valor comercial, por serem encapsulados por tecido fibroso, mas têm a mesma constituição química dos outros grãos de sorgo, podendo ser usados na alimentação de animais”, explica.
O pesquisador do IAC recomenda que o plantio do sorgo vassoura seja feito de setembro a março, devido a alta capacidade de rebrota, que pode ser aproveitado como uma segunda cultura.
De acordo com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, essa nova cultivar é resultado de um longo trabalho que vem sendo mantido pelo Instituto Agronômico. “As pesquisas pioneiras no IAC colaboram com o desenvolvimento do Estado de São Paulo e têm o reconhecimento de sua relevância pelo governador Geraldo Alckmin”, afirma.

 

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