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IAC assina projeto de validação tecnológica com Associcana para levar MPBs para 110 canavicultores da região de Jaú

O Programa Cana do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, assinou projeto de validação tecnológica com Associação dos Plantadores de Cana da Região de Jaú (Associcana) para levar o Sistema de Mudas Pré-brotadas (MPB) a 110 produtores da região de Jaú. O projeto “Modelo integrado de produção de mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar” tem o objetivo de integrar o produtor à produção das MPB. Durante o projeto, haverá o treinamento de produtores e técnicos da Associação, além de transferência de novas variedades desenvolvidas pelo IAC. A meta é tornar as propriedades mais produtivas e rentáveis. A parceria para o desenvolvimento do projeto foi assinada em 13 de setembro de 2017, durante a abertura do IV Encontro DNA – Desenvolvendo Nosso Agronegócio na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento “Hélio de Moraes” da APTA, em Jaú.
A ideia é que o produtor participe ativamente do processo de produção das mudas pré-brotadas. O IAC dará o treinamento para a produção, disponibilizará os chamados “pré-brotados” de novas variedades de cana desenvolvidas pelo Programa Cana do Instituto Agronômico.
A proposta é oferecer facilidade para o produtor e viabilizar a utilização de MPB para áreas de reforma e expansão de canaviais na realidade da propriedade agrícola. Dessa forma, serão gerados desdobramentos na logística, redução no custo de produção da MPB e qualificação do processo produtivo. “O agricultor será protagonista de uma nova forma de conduzir seu canavial, com autonomia em operações fundamentais para a qualidade de sua produção. Essa ação poderá, inclusive, se tornar um novo negócio dentro da propriedade”, afirma Mauro Alexandre Xavier, pesquisador do IAC. 
De acordo com Xavier, as fases para a produção das MPBs serão compartilhadas, onde o IAC fará a parte mais crítica da produção das mudas, a brotação. Na sequência, os “pré-brotados” serão encaminhados para a Unidade de Pesquisa de Jaú que fará a fase de aclimatação 1 e 2 para finalização das MPBs. As mudas prontas para irem ao campo serão entregues aos produtores.
 A produção do MPB consiste em seis etapas: seleção do minirrebolo, tratamento, brotação em condições controladas, individualização, aclimatação fase 1, aclimatação fase 2 – pleno sol, finalizando o processo em 60 dias. “O processo de produção é simples, porém exige a aplicação de protocolos que garantam a qualidade do produto. Normalmente, a produção das MPB é feita por um único ator, seja o próprio IAC ou empresas. A proposta dessa parceria é exatamente incluir o produtor nesse processo de produção, que no período de execução do projeto será realizado pela UPD Jaú da APTA”, afirma Xavier.  
Os 110 produtores associados à Associcana que participarão do projeto terão duas características distintas: dez deles serão multiplicadores das MPBs e os outros 100 serão usuários diretos da tecnologia. “Os dez multiplicadores serão parceiros no processo de produção, semelhante ao que ocorre na avicultura e suinocultura, onde há a integração do processo produtivo”, explica. O projeto iniciará suas atividades em outubro de 2017 e terá duração de um ano.
 Para Eduardo Vasconcellos Romão, presidente da Associcana, o projeto visa mudar o patamar de produtividade da cana na região, que hoje é de 78 toneladas por hectare no EDR de Jaú, que compreende 14 municípios. “Esse projeto pode mudar o patamar da produtividade nos 250 mil hectares plantados com cana na região. Essa pequena iniciativa pode desencadear na geração de mais matérias-primas para as indústrias e, consequentemente, aumento no consumo de insumos e defensivos agrícolas. Com isso, a economia gira com mais eficiência e vigor e gera mais riqueza”, afirma.
 O projeto foi inspirado no +Cana, desenvolvido desde 2015 pelo IAC e a Associação dos Fornecedores de Guariba (Socicana) e da Cooperativa Agroindustrial (Coplana). Renato Trevizoli, um dos integrantes do +Cana, participou do IV DNA – Desenvolvendo Nosso Agronegócio como viveirista expositor. “Isso mostra que o projeto tem um retorno muito rápido. É um exemplo de que o modelo integrado de produção das MPBs é uma realidade”, ressalta Xavier.
 Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, essas ações aproximam a pesquisa do sistema de produção para gerar mais renda nas propriedades. “Essa é uma orientação do governador Geraldo Alckmin”, afirma.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
(19) 2137-8933

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