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IAC realiza VII curso de atualização em cafeicultura

O Instituto Agronômico (IAC) abre novamente as portas do anfiteatro Otávio Tisseli Filho” para o tradicional curso de atualização em cafeicultura, nos dias 21 e 22 de agosto, para limitado número de participantes. Coordenado pelo Centro de Café ‘Alcides Carvalho’, o curso faz parte do programa de difusão de tecnologia do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), administrado pela Embrapa Café. Dirigida a técnicos e profissionais ligados ao agronegócio café, a programação deste ano inclui temas relacionados ao manejo de plantas daninhas, tecnologias de aplicação de defensivos, aspectos e controle da phoma, uso de agroquímicos de controle hormonal, novos paradigmas da fisiologia e manejo do solo com base na ecofísiologia. Cada um desses temas compõe um capítulo da série “Documentos”, publicação do IAC que será lançada no evento e distribuída aos participantes do curso. Práticas revisadas Pedro Jacob Christoffoleti, professor do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP, abrirá o curso de atualização abordando as técnicas de manejo de plantas daninhas, com informações sobre formas de aplicação dos herbicidas e sobre a biologia de plantas, destacando a tolerância e resistência a herbicida e sua seletividade para a cultura. “Observa-se que os meios de controle de plantas daninhas são muitos, e que o manejo é otimizado sempre que se unem medidas culturais, às características específicas das plantas daninhas e ao controle químico”, destaca Christoffoleti. Apesar da aplicação de agroquímicos ser prática comum na cafeicultura, algumas noções básicas para sua eficácia ainda são desconhecidas pela maioria dos técnicos, produtores e trabalhadores rurais, o que implica em consideráveis desperdícios de produtos, máquinas e mão-de-obra. O pesquisador do Centro Avançado de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC), Hamilton Humberto Ramos, fará uma explanação sobre novas tecnologias de aplicação de defensivos, apresentando resultados de pesquisa com turbo-pulverizadores. Ele levará a mensagem de que “o produto que efetivamente controla a doença é aquele que atinge o alvo, e que, quanto menor a diferença entre o volume na ponta de pulverização e sobre o alvo, maior a economicidade da aplicação e mais eficaz e econômico se torna o tratamento fitossanitário”. Mancha de phoma e ascochyta A 7ª edição do curso de atualização do IAC contará com a presença do professor de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Ludwig Pfenning, estudioso da doença conhecida como “mancha de phoma e ascochyta”, atribuída a espécies fúngicas do gênero Phoma. De acordo com Pfenning, a distinção das doenças denominadas como “mancha de phoma” e “mancha de ascochyta” vem de um conceito equivocado de nomenclatura do agente etiológico, entretanto, as duas manifestações são causadas pelo mesmo fungo. Entre as orientações que deverá apresentar, o plantio de quebra ventos nas lavouras para evitar a ocorrência de ventos frios e atenção especial à nutrição do solo, com adubações equilibradas, com destaque para o zinco e boro. O controle químico deve ser utilizado preventivamente quando as condições climáticas se mostram favoráveis à ocorrência da doença e curativamente no aparecimento dos primeiros sintomas. Em áreas com histórico da doença sugere-se uma aplicação preventiva em setembro ou outubro com o uso de fungicidas a base de cobre para proteção dos ramos e folhas novas. Técnicas evoluídas Paulo Roberto de Camargo Castro, professor da ESALQ/USP, chamará a atenção dos participantes para o uso de controladores hormonais na lavoura cafeeira, como o emprego de biorreguladores para otimizar o processo produtivo. Ele deverá citar resultados de pesquisa positivos quanto ao desenvolvimento da cultura, produtividade, controle de queda de flores e frutos e uniformidade de maturação. Como exemplo, ele cita o uso de ácido giberélico na produção de mudas de cafeeiro, que aplicado em diferentes fases do desenvolvimento, acelerou o ritmo de crescimento das plantas. Estudos com alguns inseticidas sistêmicos também têm mostrado efeito na absorção de nutrientes, atuado no aumento do sistema radicular e no desenvolvimento dos ramos, conduzindo a aumentos na produção de café. Fisiologia revista Engana-se quem pensa que os estudos sobre a fisiologia do cafeeiro estão esgotados. O pesquisador da Universidade Católica de Goiás, Jales Teixeira Chaves Filho terá a tarefa de ressaltar a contribuição do conhecimento sobre a fisiologia do cafeeiro para a descoberta de tecnologias que visam o aumento da produtividade e qualidade do produto final. A intenção será a de instigar a reflexão de novos paradigmas na fisiologia do cafeeiro, revendo modelos e conceitos já estabelecidos. Ele deverá apresentar temas polêmicos como aspectos da indução das gemas florais, desenvolvimento dos botões florais, maturação e queda dos frutos. “Somente a reflexão poderá deslocar a órbita do conhecimento científico, gerando novas metodologias e tecnologias que possam contribuir efetivamente com o desenvolvimento da cultura cafeeira”. Professor do Departamento de Produção Vegetal da ESALQ/USP, José Laércio Favarin fechará o curso de atualização com uma aula sobre o manejo do solo fundamentado na fisiologia. Segundo ele, para o sucesso do manejo é necessário conhecer os aspectos ecológicos e algumas características fisiológicas da planta, como forma de embasar as decisões agronômicas. Entre os assuntos que serão abordados, o conhecimento da fertilidade do solo, o regime hídrico, os atributos das raízes e as interações com o meio ambiente, incluindo os aspectos de umidade do solo, oxigenação, resistência mecânica e atributos químicos. O curso de atualização contará com o estande institucional do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), onde os participantes poderão ter acesso às últimas publicações, bem como saborear um bom café brasileiro. Veja a programação completa e informações para inscrição no site http://www.iac.sp.org.br/cafe Cibele Aguiar Embrapa Café http://www.embrapa.br/cafe cibele@sapc.embrapa.br

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