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IAC reúne 93 laboratórios para avaliar qualidade de análises de solo

O cenário agrícola expõe situações de preços altos para os insumos e baixos para os produtos. Depois de um ano difícil para grande parte dos agricultores, o melhor é buscar ferramentas tecnológicas que possam reduzir custos de produção — caminho inevitável para quem quer se manter no agronegócio. E na busca por redução de despesas e melhoria de lucros, a adubação feita de modo racional — com base na análise de solo — é, no mínimo, essencial. Dentre muitos benefícios, as informações resultantes dessa análise determinam, por exemplo, o uso correto e a escolha do tipo e de doses de fertilizantes e calcários. A fim de capacitar laboratórios que possam analisar o solo e identificar elementos necessários para manter a terra produtiva por longo período, o Instituto Agronômico (IAC) irá realizar a 21ª Reunião Anual do Programa de Controle de Qualidade - Ensaio de Proficiência IAC para Laboratórios de Análise de Solo para Fins Agrícolas. O evento irá acontecer amanhã, 21, das 9h às 17h, no IAC, em Campinas. Com o objetivo de promover a melhoria da qualidade das análises de solo para fins agrícolas e a uniformização de métodos e procedimentos ligados a essa atividade, a Reunião é dirigida aos responsáveis por laboratórios de análise de solo, técnicos e outros profissionais da área. Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (19) 3236-9119 ou no www.iac.sp.gov.br. Segundo o pesquisador do IAC, Heitor Cantarella, o foco dessa reunião será o aperfeiçoamento da qualidade nos laboratórios de análise de solo. “O IAC lançará as bases para promover cursos de treinamento para os laboratórios participantes com o objetivo de identificar e corrigir as práticas que podem resultar em erros de resultados”, diz. O objetivo é permitir que o maior número de laboratórios adote procedimentos recomendados por protocolos como os da ISO 17025, entre outros. “Esta ação é complementar aos treinamentos e estágios oferecidos ao longo do ano aos laboratórios participantes do Programa”, explica o pesquisador. Aliás, o número de laboratórios participantes do Programa vem crescendo ano a ano. Na 21ª edição da Reunião, 93 laboratórios estarão reunidos no (IAC) para tratar da qualidade de análise de solo. Na avaliação de Cantarella, esse crescimento indica o impacto positivo do Programa de Laboratório junto ao setor produtivo. Para o agricultor, utilizar os serviços de análises de um laboratório que integra o Programa do IAC é garantia de qualidade. Essa atitude é facilmente compreendida quando se sabe que o produtor que cuida da sua terra sem essa orientação profissional corre o risco de empregar produtos inadequados em qualidade e quantidade. O resultado é prejuízo no bolso, pois a correção do solo e a adubação representam de 20 a 30% do custo da produção agrícola. Outro prejudicado é o ambiente, que acaba por receber mais agroquímicos que o necessário para as culturas. Esses laboratórios fazem parte do "Ensaio de Proficiência IAC para Laboratórios de Análise de Solo para Fins Agrícolas", como o Programa de Qualidade do IAC é conhecido. No Programa, são avaliadas as análises básicas (acidez, disponibilidade de nutrientes pelo método da resina de troca iônica, teor de matéria orgânica, saturação por bases etc), as análises de micronutrientes (elementos absorvidos em pequenas quantidades pelas plantas, porém, essenciais ao seu desenvolvimento) e também as determinações granulométricas (argila, areia). Essas análises mostram em que medida o solo precisa de correção — quais as carências e qual a quantidade adequada de insumos para restabelecer a qualidade necessária do solo para o bom desenvolvimento da planta a ser cultivada. Atualmente, quer pela estiagem prolongada ou pelo recuo dos preços, o produtor perdeu forças para investir nos campos. A análise de solos, porém, é uma tecnologia de baixo custo e com alto benefício. Segundo Cantarella, em época de baixa lucratividade na agricultura devido ao aumento do preço de insumos, inclusive de fertilizantes, e queda do preço dos produtos vendidos, é importante que o agricultor maximize a eficiência de uso de seus recursos. “A análise de solo é uma técnica que pode ajudar muito neste aspecto, pois permite detectar os principais fatores de fertilidade limitantes para a produtividade de modo a permitir a escolha dos corretivos e fertilizantes mais adequados para cada situação, aumentando o lucro”, afirma. Apesar de ser uma grande aliada, de baixo custo e acessível em laboratórios em todo o estado de São Paulo, a análise de solo ainda não é muito utilizada: cerca de 50% apenas dos agricultores de áreas menos tecnificadas recorrem a essa ferramenta. Nas propriedades mais tecnificadas do Estado, o uso de análise de solos chega a 90% dos produtores. Esses dados são de 1996, mas revelam que muitos produtores ainda não se atentaram que estão dispensando um ótimo recurso na busca pela produtividade sustentável. SERVIÇO: 21ª Reunião Anual do Programa de Laboratório IAC Data: 21/02/2006 Horário: 9h às 17h Local: Anfiteatro Otávio Tisselli Filho, no IAC. Av. Barão de Itapura, 1481, Guanabara, Campinas. Programação 9h Abertura: Coordenadoria da APTA e Diretoria do IAC 9h20 – 10h20 Apresentação dos resultados de 2005 (Heitor Cantarella) v Análises básicas v Análise de micronutrientes v Análise granulométrica 10h20 – 10h40 Intervalo 10h40 – 11h40 Alternativas para promover a qualidade em laboratórios de análise de solo (Aline R. Coscione e Mônica Ferreira de Abreu) 11h40 – 12h30 Assuntos gerais, discussão de problemas analíticos e programação das atividades para 2006 v Selos para 2006 12h30 – 14h Intervalo para almoço 14h – 17h Distribuição de amostras de solos e selos Visita ao laboratório do IAC – Problemas analíticos particulares – opcional

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