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IAC transfere informações no Seminário sobre cultivo e processamento de pupunheira para palmito no Vale do Ribeira

A partir de amanhã, 28, até 30 de novembro de 2018, profissionais do setor de pupunha, incluindo os da gastronomia, terão a oportunidade de atualizar informações sobre este palmito, envolvendo ponto de colheita, doenças do cultivo da palmeira, processamento e culinária, durante o Seminário sobre Cultivo e Processamento de Pupunheira para Palmito no Vale do Ribeira. O evento será realizado em Pariquera-Açu, no Polo Regional de Pariquera-Açu, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). O Instituto Agronômico (IAC-APTA), que desenvolve pesquisas sobre pupunha, levará informações para esta região, responsável por 80% da produção do Estado de São Paulo, líder nacional na produção desta hortaliça considerada gourmet. O público do Seminário é composto por produtores e demais profissionais da cadeia produtiva da pupunha e da gastronomia.

Dentre os desafios da cultura, a pesquisadora do IAC, Valéria Aparecida Modolo, destaca os três mais relevantes: a falta de sementes selecionadas, o manejo, adequado principalmente na instalação da lavoura, e o conhecimento sobre o ponto de colheita, que é essencial para a longevidade da plantação. Esses temas e outros serão abordados no evento, onde haverá a distribuição gratuita da publicação Produção de Sementes de Pupunheira no Estado de São Paulo, que também está disponível para download no site do IAC (clique aqui). 

Segundo Valéria, a produção de sementes, em conjunto com a adequada extração do palmito, possibilita o aumento da disponibilidade de sementes mais adaptadas para a região, além de promover o incremento na renda dos produtores. Atualmente, mais de 90% das sementes de pupunha vêm do Peru, pois ainda não há produção suficiente fora da região de origem da espécie. “A implantação do cultivo a partir dessas sementes é uma caixinha de surpresas devido à alta variabilidade da espécie, pois ela pode ter maior ou menor produtividade, ter ou não alta porcentagem de espinhos”, afirma Valéria.

No Vale do Ribeira, onde a pupunha é cultivada principalmente por pequenos produtores, o clima possibilitou uma boa adaptação dessa espécie não nativa. “Em outras regiões paulistas, há necessidade de irrigação, o que não ocorre no Vale do Ribeira. Porém, é importante reforçar que há pacote tecnológico para produzir em outras localidades com a mesma eficiência”, explica. Segundo ela, houve um aumento da área destinada à pupunha em todo Estado e no Vale do Ribeira novos plantios alcançaram locais de pastagens, conquistando também bananicultores, cultivo tão tradicional na região.

Entre os benefícios da produção da pupunheira estão o fato de o palmito pupunha não oxidar após o corte, como ocorre com outras espécies. Isso permite o consumo in natura ou minimamente processado. A sustentabilidade do cultivo é outro ponto forte da pupunha. As plantas manejadas adequadamente podem produzir por até 30 anos, enquanto os demais palmiteiros produzem uma vez. A precocidade da produção é outro aspecto positivo da pupunha, que pode ser colhida a partir de 18 meses, a contar do plantio. Nas outras espécies, como Açaí e Juçara, a espera pela extração do palmito pode chegar a mais de oito anos, segundo a pesquisadora do IAC.

No Brasil, a produção do palmito pupunha é recente — tem 20 anos, fator que reflete em uma cadeia de produção ainda com elos a serem fortalecidos. “Antes era feita a comercialização por meio da exploração da palmeira Juçara, originária da Mata Atlântica. Buscando novas alternativas de cultivo para produção de palmito devido à ameaça de extinção do palmiteiro Juçara, teve início a produção desta nova espécie originária da Amazônia, a pupunheira”, explica a pesquisadora do IAC.

Aspectos gastronômicos

Durante o Seminário, haverá palestras sobre formas de manuseio, receitas e degustação. De acordo com Valéria, na região Norte do Brasil, é mais comum o consumo dos frutos, enquanto no Sul e Sudeste, é consumido apenas o palmito. Ela ainda destaca a falta de informações sobre as receitas do produto in natura ou de seus frutos. “Pensamos que o palmito vem sempre no vidro, mas não é assim, pois devido às características do palmito pupunha não oxidar, ele pode ser consumido como uma hortaliça, expandindo as possibilidades do preparo”, diz a pesquisadora do IAC.

Serviço

Seminário sobre cultivo e processamento de pupunheira para palmito no Vale do Ribeira
Data: 28 a 30 de novembro de 2018
Horário: 8h às 17h, nos dias 28 e 29; das 8h às 14h, no dia 30.
Local: Polo Regional de Pariquera-Açu da APTA - Rodovia Régis Bittencourt, Km 460, Pariquera-Açu, SP.

Por Carla Gomes (MTb 28156) e Mônica Galdino (MTb 47045)
Assessoria de Imprensa – IAC

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