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IEA aponta reversão nas expectativa na curva futura das cotações do café

Os mercados de contratos futuros de juros e câmbio registraram significativas altas, tanto para o índice (juros) quanto para a paridade real/dólar, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O baixo crescimento da economia brasileira, associado à má qualidade dos gastos públicos, produziu piora do quadro macroeconômico de médio prazo. 
Sob efeito sazonal representado pela intensificação do ritmo de colheita da safra 2014/15, no Brasil, as cotações na Bolsa de Nova York passaram a exibir tendência baixista. A oferta de lotes de cafés dessa safra produziu recorde de embarques do produto no mês para clientes internacionais. Essa condição, associada a declarações de analistas do mercado e autoridades do governo central de que os efeitos da anomalia climática, ocorrida no primeiro trimestre, não tiveram o impacto antes imaginado, concedeu suporte à intensificação do movimento de venda e, consequentemente, declínio das cotações.
A média de preços recebidos pelos cafeicultores em maio de 2014 na região de Franca (principal polo da cafeicultura paulista) foi de R$426,19/sc., segundo dados do IEA e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). Na posição futura de setembro de 2014 para a quinta semana do mês, a cotação atingia os US$¢181,75/lbp. Procedendo-se com as necessárias conversões, essa cotação representa R$557,73/sc., ou seja, diferença de R$131,54/sc. frente à cotação praticada na praça de Franca, revelando que a contratação de hedge configura postura estratégica para uma comercialização favorável”, afirma Celso Vegro, pesquisador do IEA.
Vegro salienta que, na Bolsa de Londres, no mês de maio, as cotações do café robusta não foram contaminadas pela baixa do café arábica, mantendo ligeira tendência de alta. O diferencial entre as espécies estimulou os torrefadores a ampliar a fatia de robusta no blend, pressionando as origens e oferecendo suporte para cotações mais firmes.
Refletindo a tendência de baixa em Nova York, os fundos e os grandes investidores incrementaram a posição vendida em maio. O incremento de vendas acelerou-se a partir da terceira semana, sem, porém, alterar substancialmente o montante líquido que permaneceu rondando os 30 mil contratos. Em contrapartida, os comerciais e indústrias aproveitaram o enfraquecimento dos preços para aumentar, cautelosamente, sua posição comprada, passando de 60.706 para 63.106 contratos, um aumento de quase 4%.
O ritmo de incremento de posições vendidas não deverá se intensificar, mesmo que os gestores se alinhem com as perspectivas mais favoráveis para a safra brasileira. A razão dessa postura vincula-se à apreciação de seu trabalho por parte dos aplicadores, pois sendo ainda o café a commodity que mais se valorizou no ano, não possuir tal contrato na carteira pode sinalizar desleixo por parte do gestor e, consequentemente, fuga de recursos da carteira. Ademais, enquanto a volatilidade se mantiver próxima dos 3,5% nas cotações diárias e de 55,75% na média do ano (considerando a primeira posição), consolida-se quadro de grandes incertezas para a evolução do mercado.

Para ler o artigo na íntegra e conferir as tabelas clique aqui.

Texto: Nara Guimarães
Assessora de Imprensa - IEA
(11) 5067-0498

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