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IEA divulga o resultado final do VPA-SP de 2016

O Valor da Produção Agropecuária do Estado de São Paulo (VPA), que mede a renda agrícola “dentro da porteira”, atingiu R$ 78,5 bilhões, em 2016, volume 24,1% superior ao valor calculado para o ano anterior, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). Os produtos, divididos em seis grupos: Produtos para Indústria, Produtos Animais, Frutas Frescas, Grãos e Fibras, Olerícolas e Produtos Florestais, apresentaram elevação de mais de 10% em relação a 2015, para uma inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 6,58% no ano.
Os grupos Grãos e Fibras e Frutas Frescas apresentaram níveis excepcionais de crescimento do VPA, de 50,92% e 42,29%, respectivamente. Todos os grãos apresentaram elevação expressivas de preços, destacando-se os de feijão (87,12%), amendoim em casca (64,87%) e milho (13,83%). A variação dos preços da soja não foi tão exuberante quanto a dos demais grãos, mas foi a que apresentou a maior expansão de produção, 19,92%, o que contribuiu para que seu VPA acusasse elevação expressiva de 36,5%, explicam José Roberto da Silva, Paulo Coelho, Denise Caser, Carlos Bueno, Danton Leonel Bini e Eder Pinatti, pesquisadores da Secretaria de Agricultura que atuam no IEA.
Os cinco primeiros colocados no ranking do VPA responderam por 62,84% da riqueza total do Estado de São Paulo, sendo que a cana-de-açúcar, sozinha, participou com 35,78%, seguida pelas carnes bovina (12,42%) e de frango (5,39%), laranja para indústria (5,05%) e soja (4,21%). O VPA do grupo dos produtos olerícolas representou 5,71% do VPA total do Estado.
O grupo dos Produtos Florestais, representado por madeira de eucalipto, madeira de pinus e resina de pinus, apresentou crescimento de 11,29% em seu VPA. Apenas o VPA da resina de pinus acusou queda, de 7,71%, basicamente em função de redução de preço. Entre os florestais, o VPA da madeira de eucalipto se destaca, mesmo tendo perdido posição no ranking: da sexta posição em 2015, regrediu para a 9ª, ainda bem posicionado, participando com 3,41% do VPA do Estado em 2016. O VPA da madeira de pinus caiu do 26º para o 28º lugar. Os autores agradecem ao pesquisador Eduardo Pires Castanho Filho, falecido em março deste ano, pelo expressivo trabalho relacionado ao acompanhamento do mercado de produtos florestais.
“O VPA calculado regularmente pelo IEA se constitui em ferramenta importante para o acompanhamento dos resultados econômicos das principais atividades agropecuárias, para que o poder público possa desenvolver ou aprimorar políticas públicas mais eficientes do setor”, afirmou Arnaldo Jardim, titular da Pasta de Agricultura. A análise da evolução gerada no campo, juntamente com outras informações produzidas pelo IEA, é fundamental no atual momento de nossa economia. “Orientados pelo governador Geraldo Alckmin estamos cada vez mais próximos do setor produtivo”, concluiu o secretário.
Metodologia
São selecionados os 53 produtos mais significativos da agropecuária paulista e utilizados os dados extraídos dos Levantamentos por Municípios de Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, realizados cinco vezes por ano pelo IEA, em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ambos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Os preços da maior parte dos produtos foram obtidos do Banco de Dados do IEA. Para as olerícolas e frutas, exceto batata, cebola, mandioca para mesa e tomate, bem como para os de banana, laranja e tangerina, foram utilizados os preços da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Os preços dos produtos florestais foram obtidos em seus mercados e os de produção nas fontes primárias de entidades do setor. Os preços médios mensais correntes recebidos pelos produtores de janeiro a dezembro de 2016 foram deflacionados pelo IPCA. O cálculo da variação do VPA de 2016, relativamente a 2015, foi feito com base em índices de preços e de quantidades, elaborados pela fórmula de Fisher (base 2015 = 100) para os produtos considerados.
Para ler o artigo na íntegra e conferir as tabelas, clique aqui.
Por Nara Guimarães

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