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II Dia de Campo de Tangerina traz tecnologias para Socorro

Transferência de informações é feita pela APTA por meio do IAC e da APTA Regional de Monte Alegre Qual consumidor quer levar para casa aquela tangerina poncã amassada ou achatada em um dos seus lados? A seleção imposta pela qualidade faz o valor dos produtos agrícolas subir ou descer. Essas deformidades na poncã podem ser evitadas com a poda das plantas, um dos assuntos que será debatido e demonstrado no II Dia de Campo de Tangerina, a ser realizado no próximo dia 28 de agosto, terça-feira, em Socorro, com participação gratuita. O encontro de produtores e especialistas é uma ação de transferência de tecnologia da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) por meio do Instituto Agronômico (IAC) e da APTA Regional, unidade de Monte Alegre, em parceria com a CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), órgãos da SAA. Pela manhã, o evento terá palestras sobre otimização da aplicação de defensivos, controle de doenças e pragas e poda. Sobre esses temas haverá demonstrações técnicas no campo, à tarde, quando os produtores poderão aprender na prática sobre as formas de lidar com essas questões. Na região de Socorro, onde a fruticultura tem amplo espaço, o cultivo de tangerina representa boa fatia. O município tem o maior número de produtores da região — cerca de 50, totalizando nas pequenas propriedades 420 mil plantas, aproximadamente, e produção de 800 mil caixas. O segmento é composto por pequenos produtores, que precisam de tecnologias para melhorar a produtividade e a qualidade dos frutos. A pesquisadora Rose Mary Pio, da APTA/IAC, explica que frutos amassados resultam de árvores muito cheias de folhas, o que reduz a área para os frutos, que crescem juntos uns aos outros, causando deformações que desvalorizam o produto no mercado. O comum problema das tangerinas amassadas pode ser resolvido com a poda das árvores, manejo pouco adotado na região de Socorro, que reúne pomares muito adensados. Segundo Rose Pio, a poda contribui ainda para evitar a alternância de produção — intercalando anos de alta e baixa produção — pois esse manejo reduz o estresse da planta por excesso de carga, que pode levar ao definhamento da árvore. Pela relevância frente à produtividade do pomar, esse assunto está na programação do II Dia de Campo de Tangerina, que pretende levar informações para que os agricultores possam obter produtos com melhor qualidade. A finalidade é preparar os produtores com vistas para o aumento do valor do produto e da própria renda. “O que controla pragas doenças é o produto que chega na planta e não o que é jogado nela” A otimização da aplicação de defensivos é outro enfoque do evento. O objetivo é mostrar na prática a tecnologia de pulverização em pequenas áreas, com equipamentos específicos para essas dimensões. A seleção adequada de bicos de pulverizadores e a definição de alvos químicos e biológicos também serão abordadas. A finalidade é aprimorar o procedimento a fim de reduzir custos de produção, via diminuição de desperdício de produtos, minimizar impacto ambiental e preservar a saúde do trabalhador por evitar exposição a excessos de produtos. “Os trabalhos no Instituto Agronômico têm viabilizado redução de custo de 20% a 70% no tratamento fitossanitário de diversas culturas”, Hamilton Humberto Ramos, pesquisador da APTA/IAC que fará o treinamento no Dia de Campo. Ramos explica que é preciso ver como o produto está chegando no alvo para avaliar se o tratamento é eficiente. “Sem adequação, até 60% do produto aplicado pode estar sendo jogado fora”, garante. Ele alerta que o que faz o controle de pragas e doenças é o produto que chega ao alvo químico ou biológico e não simplesmente o produto que é jogado na planta. “Toda vez que o agricultor imagina a planta (como foco), a pulverização começa errado. O alvo é onde está a praga ou a doença”, explica ao esclarecer que, na pulverização, é fundamental conhecer onde e como deve ser aplicado o produto. O pesquisador Fernando Alves de Azevedo, da APTA/IAC, irá mostrar as doenças e a formas de controle. Adoção de variedades tardias pode elevar preço do produto A região de Socorro tem temperaturas adequadas para o cultivo de tangerina, inclusive com possibilidade de produção em épocas fora do pico de safra. De acordo com a pesquisadora Rose Mary Pio, os agricultores têm a opção de adotar variedades IAC de tangerina com características de produção mais tardia. Essa adoção proporcionaria a oportunidade de obter melhores preços pela caixa da fruta, que nos meses de pico sofrem duras quedas. Neste ano, em maio e junho, a caixa de tangerina custou R$ 5,19 e R$ 3,77, respectivamente. No mês de março, a caixa alcançou os R$ 30,32 (preços da caixa de 27kg, na árvore – fonte CEPEA/USP). “Com variedades tardias, os produtores conseguem melhor preço por colocar o produto fora do pico de safra no mercado”, explica Rose Pio. Em 2006, no I Dia de Campo de Tangerina na região, realizado em Monte Alegre, os pesquisadores apresentaram as variedades IAC que podem atendem às necessidades regionais. A idéia é que os produtores passem a adotar as tecnologias e variedades capazes de impulsionar seus negócios. SERVIÇO II Dia de Campo de Tangerina Data: 28 de agosto de 2007, terça-feira, a partir das 8h Local: no período da manhã o evento será no Salão Comunitário do Bairro da Serra do Moquém (Microbacia Hidrográfica do Ribeirão dos Machados), Rodovia Socorro - Bragança Paulista. À tarde a parte prática será no Pomar do Sítio São Manoel. Informações: 19-3231-5422, r. 159

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