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Inflação no campo: preços agrícolas sobem 0,74% na segunda quadrissemana de abril

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou alta de 0,74%, na segunda quadrissemana de abril de 2008, segundo pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram variação positiva, respectivamente, de 0,85% e 0,46%. As maiores altas foram registradas no tomate para mesa (109,66%), batata (18,33%), leite tipo C (11,65%), trigo (7,50%), leite tipo B (6,79%) e carne bovina (4,34%). No caso do tomate de mesa, o preço reflete a baixa oferta do produto que está no final da safra de verão, pressionando fortemente a cotação do produto. Outro fator que contribui para este aumento é a elevação do custo de produção. Os preços tendem a subir visto que o tomate é muito sensível às condições climáticas, além de não ter um substituto direto, ou seja, não tem produto concorrente. Quanto à batata, ocorreu uma recuperação no preço do tubérculo, uma vez que, no período anterior, apresentava cotação menor em virtude da qualidade inferior do produto. Para os leites (tipos B e C), as elevações dos preços refletem o aumento do custo de produção e também o ligeiro aquecimento no consumo. O aumento do trigo é decorrente das altas do mercado internacional em virtude da baixa oferta do produto. No caso da carne bovina, a restrição de animais por parte dos pecuaristas pressionou as cotações, apesar de os frigoríficos tentarem segurar os preços. As maiores quedas foram observadas nos preços do feijão (27,50%), ovos (17,92%), café (10,30%), soja (9,19%) e amendoim (8,31%). O recuo no preço do feijão é motivado pela progressiva regularização da produção com a entrada da safra da seca. Como os preços partem de patamar muito elevado, levará algum tempo para voltarem à normalidade. Ressalte-se, entretanto, que o feijão na futura safra das águas sofrerá a competição direta com o milho e a soja, cujos preços dispararam no mercado internacional, fruto da política norte-americana de produção de etanol de milho. Desse modo, as perspectivas são de preços maiores este ano do que no primeiro semestre do ano passado e apenas um pouco menores do que os verificados no segundo semestre de 2007. Para os ovos, o fim do período da quaresma, associado aos preços considerados altos pelo consumidor, resultou em retração do consumo, ocasionando assim a queda nos preços deste produto. A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti (pinatti@iea.sp.gov.br), Raquel Castellucci Caruso Sachs (raquelsachs@iea.sp.gov.br), José Alberto Angelo (alberto@iea.sp.gov.br) e José Sidnei Gonçalves (sydy@iea.sp.gov.br). O estudo completo poderá ser encontrado no site www.iea.sp.gov.br. Por José Venâncio de Resende, Do gabinete da APTA

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