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Instituto Agronômico de Campinas: um instituto “Sangue Azul”, mas de feitos e resultados democráticos

Fundada pelo Imperador Dom Pedro II, instituição recordou os 54 anos da visita da Rainha Elizabeth II

Em 135 anos de história, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) tem momentos ligados à nobreza mundial. O primeiro deles se dá no seu nascimento, ao ser fundado pelo Imperador Dom Pedro II, em 1887. Outro destes encontros de “sangue azul” é recordado neste 7 de novembro, quando se completam 54 anos da visita de Elizabeth II, Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (falecida no último 8 de setembro).

A monarca britânica esteve no IAC em uma visita de 11 dias ao Brasil em 1968. Acompanhada do Príncipe Philip, com quem se casara em 1947, e que tinha especial interesse em conhecer o programa de melhoramento do café referência no mundo, Elizabeth II esteve na fazenda experimental Santa Elisa, pertencente ao instituto, e conheceu os trabalhos de melhoramento genético com mudas de café.

As instalações visitadas pela Rainha permanecem em uso nas pesquisas com cafeeiro até os dias atuais. Mas isso não significa uma estagnação por parte do IAC. Pelo contrário.

O Reino Unido passa por uma efervescência política, com a ascensão ao trono de Charles III, e com as recentes sucessivas trocas para o cargo de primeiro-ministro. Foram três desde julho, com a renúncia de Boris Johnson, seguida pela meteórica passagem de Liz Truss, chegando à posse de Rishi Sunak em 25 de outubro.

A efervescência pela qual passou o IAC nessas décadas foi apenas para renovar conhecimento e tecnologias. Sua atuação garante a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria, cooperando para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos nos mercados interno e externo.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado promoveu um investimento recorde de R$ 102 milhões em pesquisas, nos últimos 18 meses, porque acredita que isso gera um retorno socioeconômico no futuro. A cada R$ 1 aplicado em pesquisas, R$ 16,23 voltam para a sociedade. E o IAC é uma das fontes desse trabalho.

Um dos tantos exemplos nesse sentido é o estudo realizado pelo Centro de Cana do Instituto. No local é desenvolvido um trabalho multidisciplinar dentro do Programa Cana IAC que envolve melhoramento genético, ciências do solo, caracterização de ambientes de produção, fitotecnia, manejo de pragas e doenças e estimativa de produção. O resultado engloba o desenvolvimento de vinte variedades IAC — 19 para o setor sucroalcooleiro e uma para fins forrageiros.

O corpo de servidores do IAC conta com 122 pesquisadores científicos e um total de 355 funcionários. Sua área física de 3.400 hectares de terras abriga a Sede, Centro Experimental de Campinas e 12 Centros de Pesquisa distribuídos entre Campinas, Jundiaí, Ribeirão Preto, Cordeirópolis, Votuporanga, Itararé, Mococa, Capão Bonito, Jaú e Tatuí, ocupados com casas de vegetação, laboratórios, demais infraestrutura adequada aos seus trabalhos. Toda essa estrutura funciona para a manutenção da produção agropecuária e, em última instância, a manutenção da segurança alimentar e nutricional no país.

A história do Instituto Agronômico de Campinas está ligada à nobreza mundial, mas os seus feitos são, sem sombra de dúvida, democráticos.

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