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Instituto de Pesca recebe certificação do MAPA e inaugurará quarentenário de organismos aquáticos

O Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, contará com um novo laboratório a partir de 28 de setembro de 2017. Trata-se do quarentenário de organismos aquáticos para fins de produção do IP, localizado no Parque da Água Branca, na capital paulista. O espaço tem o objetivo oferecer o serviço de controle sanitário e de saúde dos animais trazidos de outros países ou de diferentes bacias hidrográficas, reduzindo o risco de introdução e de disseminação de doenças no território brasileiro.
O diretor do Centro de Pesquisa em Aquicultura do IP, Carlos Massatoshi Ishikawa, responsável técnico pelo novo laboratório de quarentena, explica que o espaço foi certificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) seguindo a Instrução Normativa MAPA 4/2015, o que garante condições de biossegurança destinadas à recepção de animais aquáticos após o processo de translado ou importação.
“Preparamos uma estrutura que possibilita manter em quarentena desde larvas até reprodutores. O laboratório tem capacidade para receber até 30 mil exemplares de 10 gramas ou 300 quilos de peixes, uma vez que o número de unidades pode variar de acordo com o tamanho do animal. Eles serão distribuídos em 10 tanques de 500 litros de água”, descreve o pesquisador.
Para garantir a segurança sanitária do local, o novo laboratório conta com sistema de recirculação de água tratada por filtros que utilizam luz ultravioleta. Além disso, análises periódicas para aferir a qualidade da água serão realizadas pela equipe do Instituto e todo o volume utilizado no período da quarentena passará por um processo de desinfecção química antes do descarte.
“A segurança, do ponto de vista da manutenção dos organismos, recebeu uma atenção especial no projeto e foi conduzida por Leonardo Tachibana, que faz parte de nossa equipe. Instalamos um gerador para garantir o funcionamento do sistema caso haja interrupção no fornecimento de energia, evitando, por exemplo, a parada dos equipamentos de oxigenação, essenciais para os organismos aquáticos. Por garantia, ainda instalamos bombas de aeração que utilizam baterias. Todo o sistema será monitorado remotamente por câmeras que foram instaladas no espaço”, explica Ishikawa.
O diretor técnico de departamento do IP, Luiz Marques da Silva Ayroza, destaca que o novo laboratório de quarentena é o primeiro do Brasil vinculado a uma instituição pública e o quarto do país a oferecer esse serviço de biossegurança.
“A aquicultura é uma atividade que está crescendo não só em São Paulo, mas em todo o país. A FAO estima que haverá um crescimento de mais de 100% da produção de pescado no Brasil até 2025, impulsionado principalmente pela aquicultura, já que não se espera aumento significativo do pescado oriundo da pesca extrativa. Tendo em vista esse panorama, estamos certo de que haverá um aumento na importação de matrizes para o Brasil e esse crescimento trará consigo a necessidade de serviços de quarentena. Estamos nos preparando para absorver essa demanda”, explica Ayroza.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, a iniciativa do Instituto de Pesca colabora com o setor produtivo e também contribui para a segurança da fauna aquática brasileira. “O Instituto de Pesca tem um corpo técnico altamente qualificado e esse novo laboratório, um dos poucos existentes no Brasil, será fundamental para cumprir essa etapa de identificação de doenças que podem colocar em risco nossas espécies”, afirmou.
Notificação de doenças
O pesquisador do IP, Carlos Massatoshi Ishikawa, explica que atualmente há 10 doenças de notificação obrigatória relacionadas a peixes. Ele destaca que amostras de todos os lotes recebidos serão coletadas e enviadas para o Laboratório Oficial Central da Rede Nacional de Laboratórios Oficiais do MAPA (Aquacen), da Universidade Federal de Minas Gerais, o único certificado para tais diagnósticos no Brasil.
Ishikawa afirma que, além do serviço prestado para o setor, o novo laboratório de quarentena do IP também irá possibilitar a geração de dados sobre doenças, contribuindo para pesquisas na área de sanidade aquícola.
“Nós vamos armazenar os dados coletados para saber quais são os potenciais patógenos que podem trazer risco para nossa produção, colaborando com a vigilância epidemiológica”, conclui.
Por Leonardo Chagas
Revisão Márcia Cipólli
Mais informações:
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
Instituto de Pesca
(11) 3871-7549 / (11) 3871-7588
cecomip@pesca.sp.gov.br

 

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