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Laboratório da Secretaria de Agricultura passa a adotar técnica mais precisa e moderna para diagnóstico de mormo

O Laboratório de Bacteriologia Geral do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, foi credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para realizar diagnóstico de mormo pela técnica ELISA. Essa metodologia apresenta uma sensibilidade diagnóstica maior que a técnica de fixação de complemento, utilizada até então pelos laboratórios brasileiros, inclusive o do IB. A extensão do escopo do laboratório do IB para diagnóstico de mormo pela técnica ELISA foi publicada pelo MAPA em 8 de abril.

O laboratório do IB é o terceiro na cidade de São Paulo a ter esta extensão. O mormo é uma doença que acomete os equídeos, ou seja, equinos, muares e asininos, e pode ser transmitida ao ser humano, por ser uma zoonose. O trânsito dos equídeos, por exemplo, só pode ser feito a partir do diagnóstico que comprove que o animal não está infectado.

Segundo a pesquisadora do IB, Alessandra Nassar, esta extensão de escopo foi necessária para atendimento a Portaria nº 35 do MAPA, de 17 de abril de 2018, que definiu o teste de triagem pela técnica de ELISA para diagnóstico de mormo. De acordo com a Portaria, todos os laboratórios credenciados no MAPA para a realização do diagnóstico pela técnica de fixação de complemento deveriam solicitar a extensão para realizar o exame por ELISA em um prazo máximo de dois anos.

“O Instituto Biológico fez adequações no laboratório para conseguirmos esta extensão de escopo. A técnica ELISA apresenta alta sensibilidade para detecção de anticorpos contra a doença do mormo”, afirma. Além do credenciamento do MAPA, o Laboratório de Bacteriologia Geral do IB é acreditado pela norma internacional ISO 17025, relacionada à qualidade dos diagnósticos realizados e possui capacidade de atender vários municípios dentro do estado ou mesmo do país.

Mormo

O mormo é uma doença infectocontagiosa, causada pela bactéria Burkholderia mallei. A doença acomete principalmente os equídeos e é caracterizada por provocar lesões em trato respiratório, cutâneas e linfáticas. “Grande parte dos animais são assintomáticos, podendo transmitir a doença aos outros animais da fazenda. Por ser zoonose, tratadores e médicos-veterinários que lidam diretamente com os animais devem sempre utilizar equipamentos de proteção, como máscaras, luvas e avental, quando suspeitar da doença, e coletar amostra de soro para confirmação do diagnóstico”, afirma.

Os exames diagnósticos são indispensáveis para o trânsito dos animais entre cidades, estados e país e a validade do exame é de 60 dias. “Sem o exame do mormo, os cavalos não podem ser transportados”, explica Alessandra. Ao ser diagnosticado com a doença, o animal precisa ser sacrificado e o local onde se encontra deve ser interditado até a completa resolução do caso dos positivos.

O secretário de Agricultura e Abastecimento Gustavo Junqueira destaca a importância do credenciamento. “O Instituto Biológico tem expertise no desenvolvimento de pesquisa para a sanidade animal e a extensão do escopo de suas atividades permitirá um diagnóstico muito mais eficaz para o controle desta zoonose. A pesquisa e a inovação são fundamentais para o desenvolvimento do agro paulista”, afirma.

Por Fernanda Domiciano

Assessoria de Imprensa - APTA

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