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Laboratório de Nutrição Animal será uma das três novas instalações do IZ inauguradas em Sertãozinho

O Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), inaugura, no dia 23 de novembro, às 14 horas, em Sertãozinho (SP), três novas instalações do Centro de Pesquisa em Pecuária de Corte – Laboratório de Nutrição Animal, Prédio Administrativo e Casa de Hóspedes. O evento será presidido pela secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado, Mônika Bergamaschi, e contará com a presença de Orlando Melo de Castro, coordenador da Apta, além de dirigentes de Institutos e outros convidados.
A revitalização do IZ em Sertãozinho recebeu investimentos de R$ 785 mil, dois quais R$475 mil para reforma de escritório e hospedaria, R$110 mil para reforma de laboratórios e R$200 mil para melhorias em imóveis. Além disso, R$ 1,14 milhão foi destinado à recuperação de 7 km de estradas da unidade de Sertãozinho, realizada pela CODASP-SAA.
Dentro da programação, também haverá a palestra “Eficiência da produção de bovinos de corte e o impacto ambiental da atividade pecuária”, ministrada pelo professor Mario Luiz Chizzottti, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Importância do Centro
O Centro de Pesquisa em Pecuária de Corte do IZ dedica-se à pecuária, visando ao aumento da produtividade, da eficiência e do bem-estar animal. São mais de 80 anos de pesquisas com melhoramento genético de animais da raça Nelore. De acordo com a pesquisadora Renata Branco Arnandes, diretora do Centro, também busca-se responder às demandas da cadeia de produção da carne bovina, “trabalhando avidamente em pesquisas nas áreas de nutrição, eficiência, reprodução, pastagens, qualidade de carne, genômica e sustentabilidade do setor”.
A unidade do IZ em Sertãozinho realiza diversos experimentos científicos, com transferência ao setor de resultados e tecnologias de projetos sobre melhoramento genético das raças Nelore e Guzerá; prova de ganho de peso, desde 1951, com a seleção praticada nas três raças zebuínas (Gir, Guzerá e Nelore) e na raça aquitânica Caracu; pesquisas sobre avaliação do Consumo Alimentar Residual (CAR) em confinamento e pastagens; emissão de gases de efeito estufa; utilização de ferramentas genômicas no melhoramento genético; projetos com criopreservação de sêmen; e desenvolvimento de geotecnologias para identificação e monitoramento de degradação em pastagens.
Laboratório
A implantação do Laboratório de Nutrição Animal é um marco para o avanço das pesquisas em produção de bovinos de corte no Centro de Pesquisa. O laboratório, instalado no prédio do antigo “açougue”, estava desativado há pelo menos duas décadas.
“No local serão realizadas todas as fases de análises bromatológicas, análises essas fundamentais para os projetos de eficiência alimentar em desenvolvimento no Centro. Antes da implantação do laboratório esses procedimentos eram feitos de forma improvisada ou em laboratórios de parceiros”, explica Renata.
No caso de escritório e hospedaria, a reforma do prédio – construído na década de 1960 e que abriga o setor administrativo - foi necessária devido às condições precárias para funcionamento, principalmente da rede hidráulica e das instalações elétricas que estavam subdimensionadas para acondicionar equipamentos de informática e de telefonia. “Além disso, houve a necessidade de remodelação do prédio para abrigar os alunos do Curso de Pós-Graduação em Produção Animal Sustentável do Instituto de Zootecnia”, explica a diretora.
Segundo Renata, o restauro da hospedaria, antiga casa do proprietário da Fazenda que data do início do século 20, foi de suma importância para a manutenção do patrimônio histórico do Estado de São Paulo. “Além desse fato, a hospedaria servirá para hospedar de forma apropriada pesquisadores visitantes, alunos e técnicos da Secretária de Agricultura e Abastecimento que estão em serviço na região”.
Já a reforma do prédio da antiga serraria proporciona maior eficiência e segurança aos trabalhos realizados. O prédio serve também como oficina para treinamento de funcionários nas mais diversas funções. A diretora do Centro ressalta que são imóveis construídos há muitas décadas, “por isso que necessitavam de reformas estruturais para que pudessem ser utilizadas de forma segura e eficaz”.
Estradas
O Centro de Pesquisa possui mais de 2300 hectares permeados por 35 km de estradas internas e de acessos. A maioria dessa área está ocupada por pastagens que abrigam cerca de 2000 cabeças de bovinos. “Todos os animais permanecem, na maior parte do ano, em piquetes dispostos estrategicamente por toda a extensão da fazenda e são manejados em função dos projetos de pesquisas em desenvolvimento”, explica a diretora do Centro.
O acesso adequado às áreas da fazenda, para todos os tipos de veículos e condução dos rebanhos, é fundamental para o andamento das pesquisas, segundo Renata. Ainda há 250 hectares de áreas de pastagens, anualmente utilizadas para produção de 3.500 toneladas de alimentos para os animais do Centro e eventualmente para animais de outras unidades. Assim, as estradas internas são também utilizadas para trânsito de maquinários específicos – tratores, colhetadeira etc. – durante todo o processo de preparo, plantio e colheita. “A reforma das estradas permitirá maior eficiência nos processos de produção do Centro de Pesquisa.”
A palestra
A produção mundial de alimentos deverá aumentar em aproximadamente 70% para atender aos efeitos do crescimento da população mundial, estimada em 9,5 bilhões de pessoas em 2050, de acordo com o U.S. Census Bureau (2008) citado em artigo por Mário Luiz Chizzotti, Márcio Machado Ladeira e Otávio Rodrigues Machado Neto, do Departamento de Zootecnia UFLA. “A crescente competição por energia, terras e água entre atividades agrícolas e industriais e a dificuldade de incorporação de novas áreas pela agropecuária, desafia a pecuária de corte a produzir de forma mais eficiente.”
A pecuária bovina brasileira tem sido alvo de inúmeras críticas relacionadas ao aquecimento global, diz Chizzottti. Atualmente, o país possui o maior rebanho comercial bovino, com 171,6 milhões de cabeças (IBGE, 2009) e detém, aproximadamente, 20% do mercado da carne (USDA, 2009). As críticas têm sido fundamentadas no desflorestamento para expansão de pastagens e nos baixos índices zootécnicos verificados em sistemas de exploração bovina baseados em pastagens degradadas ou que se encontram abaixo do seu potencial de produção. A ineficiência desse modelo de exploração pecuária tem gerado, como consequência, maiores quantidades de GEE (gases de efeito estufa) por quilo de carne e de leite produzidos (IPCC, 2006).
“Felizmente, ações que promovem o aumento na eficiência produtiva ocasionam mitigação de GEE e sendo assim, na prática, a redução na emissão de GEE se torna viável se acompanhada de melhorias na eficiência econômica da produção. Assim, há necessidade de aumento da produção de carne por unidade de área”, destacam os pesquisadores da UFLA. A produção de alimentos ambientalmente sustentáveis poderá ser alcançada através da utilização de sistemas e práticas que permitam o uso mais eficiente dos recursos disponíveis e consequentemente reduzam o impacto ambiental por unidade de alimento produzido.
A nutrição, segundo concluem os pesquisadores, tem grande potencial de redução de poluentes sem comprometer a lucratividade. A formulação de dietas tem importante papel na redução de GEE, pois o exato atendimento das exigências nutricionais otimiza o uso de recursos e diminui os impactos ambientais. A redução no ciclo de produção com baixa utilização de insumos e o aumento da eficiência animal em converter alimentos garantirá não só a sustentabilidade ambiental, mas também aumentará a economicidade da atividade, garantindo o suprimento de proteína animal frente à crescente demanda global.
Assessoria de Comunicação Institucional e Imprensa do IZ
Lisley Silvério
(19) 3466.9434 e lisley@iz.sp.gov.br
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