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Leilão de Pepro para o café acontece hoje

O Prêmio Equalizador Pago para o Produtor (Pepro), leilão para o café arábica, anunciado pelo governo há 13 dias, gerou uma polêmica entre os exportadores, cooperativas e o governo. O debate começou nessa sexta-feira (22-06) quando o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) encaminhou à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) um pedido de impugnação, o qual contesta as regras previstas no aviso do Pepro e diz que o leilão benificiaria apenas 30% dos cafeicultores que pertencem a cooperativas. Ao analisar o conteúdo do pedido dos exportadores, a área jurídica da estatal ponderou que tal contestação "não tem fundamento". Com isso, a Conab mantém a realização do leilão para esta quarta-feira (27-06), às 9hs. Para analistas do mercado, o receio do Cecafé é de que o mecanismo possa retirar o café da praça e eleve o preço. Isso porque, como se trata de uma safra pequena (32,06 milhões de sacas), os exportadores que já venderam o produto no mercado futuro, temem pagar um valor acima dos contratos realizados. Pelo que consta no edital do Pepro, o diretor-geral do Cecafé Guilherme Braga Pires diz que o leilão beneficiaria apenas os produtores rurais cooperados que respondem só por 30% da produção nacional. "Não existe regra clara no edital que mostre que a subvenção paga pelo governo será destinada ao produtor. Nós queremos que o edital tenha regra que garanta que o valor seja pago ao produtor’’, disse Guilherme. O orçamento, do Tesouro Nacional disponível para lançar o leilão é de R$ 200 milhões, o equivalente para atender até 5 milhões de sacas de café. Só na primeira rodada do leilão, hoje, a previsão é ofertar 4 milhões de sacas. Do outro lado, Gilson Ximenses, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), entidade que congrega produtores e cooperativas, diz que a intenção do Cecafé "é melar o leilão’’. Ele chamou o que considerada de "infantilidade’’ o pedido dos exportadores. "O governo está criando uma medida compensatória para a política cambial que está elevando o custo de produção que chega a R$ 300 a saca, enquanto que o preço do café gira em torno de R$ 220 a saca’’, disse. Para o Cecafé, o efeito do Pepro no mercado é "neutro’’. "É um mecanismo de transferência de renda que não tenho efeito sobre o mercado, pois é um valor que será pago ao produtor’’, diz Guilherme. O produtor terá que vender a saca do café arábica a R$ 260, que somando aos R$ 40,00 do prêmio, chegaria R$ 300,00. Viviane Monteiro Fonte: Gazeta Mercantil

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