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Metade do cafezal paulista apresenta adensamento de mais de 3 mil plantas por hectare

Por conta do fenômeno do adensamento, 50% do parque cafeeiro paulista apresenta mais de 3.000 plantas por hectare, segundo revela o artigo “Estrutura positiva da cafeicultura paulista” publicado na revista Informações Econômicas (edição de agosto/2009) do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Com base em dados do projeto LUPA 2007/08 (levantamento censitário), o estudo constatou um “processo de delimitação mais acentuado dos cinturões cafeeiros distribuídos pelo Estado e na densidade dos estandes”.
A colheita mecânica abrangeu 25% da área paulista cultivada com café, dizem os pesquisadores Vera Lucia Ferraz dos Santos Francisco, Celso Luis Rodrigues Vegro, José Alberto Ângelo e Carlos Nabil Ghobril. “O perfil do cafeicultor mostra que em 60% da área cultivada o produtor é cooperado, a assistência técnica oficial está mais presente entre os produtores menores e a privada entre os maiores, o cré¬dito e o seguro rural ainda são práticas em pequena escala. Há baixíssima adoção da tecnologia do manejo integrado de pragas na cafeicultura paulista.”
Diz ainda o trabalho que, nas últimas décadas, ocorreram quedas na área cultivada e nas unidades de produção no Estado de São Paulo. Verificou-se decréscimo de área e principalmente em número de unidades produtivas, que eram de respectivamente 211,5 mil hectares e 21,7 mil unidades produtivas de cafezais no levantamento de 1995/96, mas houve acréscimos em número de plantas.
“Para o desespero dos alarmistas dos desastres que o aquecimento global causará à cafeicultura, essa lavoura não irá desaparecer do Estado de São Paulo. Pelo contrário, como as análises indicam, a cultura ganhou em profissionalismo e em eficiência econômica que tornam ainda mais tenaz sua manutenção no território paulista.”
Outro destaque é o artigo sobre o esgotamento da fronteira de expansão da agricultura paulista e o papel das exportações nas mudanças estruturais. Os pesquisadores José Sidnei Gonçalves e Sueli Alves Moreira Souza mostram que, com base na análise do perfil das exportações, as mudanças recentes foram sustentadas por intenso processo de acumulação agroindustrial. O acirrado processo de reconcentração econômica, sob hegemonia do capital agroindustrial, teve a cana para indústria sua principal lavoura fornecedora de matéria-pri¬ma.
Previsão de safra
A nova edição da revista divulga, ainda, o levantamento de junho da previsão de safras IEA/CATI/SAA, referente ao ano agrícola 2008/09, que apresenta os números de laranja, cana-de-açúcar e café, entre outros produtos. A produção de laranja, incluindo os pomares domésticos, deve atingir 358,4 milhões de caixas (de 40,8 quilos), mantendo números da estimativa de abril. Já a produção de cana-de-açúcar está prevista em quase 403,4 milhões de toneladas (2,9% superior à da safra passada). No caso do café, estima-se significativa queda na produção (17,2%), para 223 mil toneladas.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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