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Mulheres ocupam maioria dos cargos de direção dos Institutos de pesquisa da Secretaria de Agricultura de SP

Instituições de elite do agro paulista e brasileiro têm maior parte do corpo de pesquisadores formado por mulheres

As mulheres ocupam a maioria dos cargos de diretoras gerais nas instituições de pesquisa ligadas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Elas lideram quatro das sete instituições de pesquisa da Pasta, organizações estas consideradas de elite na pesquisa agropecuária. Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, a Secretaria de Agricultura apresenta a trajetória profissional dessas quatro lideranças.

Com formação nas mais respeitadas Universidades do Brasil e do exterior, estas cientistas são diretoras gerais do Instituto de Zootecnia (IZ), Instituto Biológico (IB), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) e Instituto de Economia Agrícola (IEA), todas instituições ligadas à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

“52% dos cargos de pesquisadores científicos na Secretaria são ocupados por mulheres. Ao todo, são 265 pesquisadoras. Nada mais justo do que elas também serem maioria na diretoria dessas instituições. Temos que cada vez mais incentivar e alçar as mulheres a ocupar postos de liderança nas instituições públicas e privadas”, afirma Gabriela Chiste, secretária-executiva da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Conheça cada uma delas!

Cristina Maria Pacheco Barbosa

Cristina Maria Pacheco Barbosa foi nomeada, em outubro de 2020, diretora geral do Instituto de Zootecnia (IZ), instituição com 115 anos de história e contribuição para a pecuária nacional. Ela é a terceira mulher a ocupar o mais alto posto de direção da instituição

Graduada em zootecnia, com mestrado em produção animal e doutorado em zootecnia, Cristina desenvolve atualmente no IZ trabalhos científicos relacionados aos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária – produção animal e sistemas silvipastoris, com foco em pastagem e forragicultura. Durante seu doutorado, fez estágio no exterior, no Institut National de la Recherche Agronomique (INRA), na França, uma das mais importantes instituições de pesquisa agropecuária do mundo.

"Assumir a diretoria geral do Instituto de Zootecnia é um enorme desafio e um orgulho para mim. Para isso, conto e agradeço toda a equipe do Instituto para continuarmos gerando ciência e tecnologia como um Centro de Excelência, pois contribuímos muito para a agropecuária brasileira”, diz.

De acordo com Cristina, o IZ seguirá sua missão institucional de gerar e transferir conhecimento científico e tecnológico para o agronegócio, no Estado de São Paulo e no Brasil. “Nossa proposta de gestão foca no desenvolvimento de melhorias nas condições de trabalho dos pesquisadores para o desenvolvimento das cadeias produtivas, buscando inovações tecnológicas que promovam produtividade, qualidade e diversidade da produção, contribuindo assim com o desenvolvimento sustentável dos agronegócios, enfatiza.

A trajetória da profissional de Cristina na Secretaria de Agricultura se iniciou em 2008, quando ingressou como pesquisadora na APTA Regional de Votuporanga. Ao desenvolver trabalhos relacionados à ovinocultura, foi convida a trabalhar na Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Itapetininga, local em que atuou por oito anos como pesquisadora e diretora. Desenvolveu o projeto de políticas públicas com a comunidade regional intitulado "Suporte para políticas públicas: pesquisa, desenvolvimento e expansão da ovinocaprinocultura do sudoeste paulista", projeto que trouxe muita informação, treinamento e desenvolvimento para a cadeia da ovinocultura e caprinocultura da região. “Atuamos na viabilização econômica de sistemas de produção sustentáveis para a ovinocaprinocultura familiar, envolvendo capacitação e treinamento de alunos de ensino técnico e tecnológico e produtores rurais, que já exploravam ou tinham interesse na atividade, promovendo assim a inclusão social”, afirma.

Em 2017, a hoje diretora geral, se transferiu para o IZ, atuando primeiramente no Centro de Pesquisa em Bovinos de Leite e mais recentemente no Centro de Pesquisa em Nutrição Animal e Pastagens. No Instituto, foi assistente técnica de direção por três anos e durante a pandemia de Covid-19 liderou a instituição e organizou o regime de trabalho garantindo segurança para todos os servidores e assegurando continuidade nos projetos de pesquisa. Ela é ainda membro do Comitê Editorial do Boletim de Indústria Animal, periódico científico do IZ, que representa um importante meio de difusão do conhecimento científico no país. Ao longo de sua carreira de pesquisa já publicou artigos científicos em diversos periódicos de circulação nacional e internacional. Participou também de palestras e colaborou em capítulos de livros.

Ana Eugênia de Carvalho Campos

Ana Eugênia de Carvalho Campos ingressou como estagiária no Instituto Biológico em 1994. Seis meses depois, o Governo do Estado de São Paulo abriu um concurso público para o cargo de pesquisador e ela foi uma das cientistas selecionadas para atuar no IB.

Bióloga de formação, com mestrado e doutorado em ciências biológicas, Ana Eugênia ingressou na diretoria do IB em 2004, como assessora, cargo que ocupou por 13 anos, posteriormente por mais dois anos à frente do Núcleo de Inovação Tecnológica, até ser alçada a diretora geral de uma instituição com 93 anos de história, respeitada nacional e internacionalmente na área de sanidade animal, vegetal e proteção ambiental.

“Eu trago uma experiência grande na diretoria, porém, é diferente quando você é diretor geral, porque as decisões são suas. Isso é instigante, é um desafio constante. Precisamos estar prontos para tomar decisões rápidas, sempre pensando institucionalmente”, afirma.
Segundo Ana Eugênia, o IB tem ação importante por trabalhar com a saúde dos animais, plantas e, consequentemente, da população. “O IB está sempre antenado as exigências do mercado e da população nas questões relacionadas ao alimento seguro. Nossas pesquisas estão focadas na solução desses problemas. Temos forte atuação também na formação de mestres e doutores para atuar nessa área, pessoas altamente qualificadas, com pesquisas que podem ser inovadoras. Por isso, temos olhado essas pesquisas inovadoras com bastante carinho, instigando nossos alunos a conhecerem sobre empreendedorismo e startups e trazendo a ideia de eles transformarem seus trabalhos de pós-graduação em um novo negócio”, afirma.

Eloísa Garcia

Dos 57 anos de história do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), a atual diretora geral, Eloísa Garcia, faz parte de 37 anos, sendo a primeira mulher a liderar a instituição composta por maioria feminina. Engenheira de alimentos e mestre em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Eloísa iniciou sua carreira no Ital como estagiária no Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea) e ao longo dos anos atingiu o nível VI como pesquisadora científica, tendo ocupado os cargos de gerente técnica nos grupos de Embalagens Plásticas e de Meio Ambiente do Cetea e vice-diretora por quatro anos antes de assumir a atual posição.

Ao longo dos anos, acompanhou de perto vários processos estratégicos da instituição, alinhados ao crescimento e amadurecimento dos mercados de alimentos, bebidas e embalagens nacionais e internacionais, como a implantação dos centros de pesquisa, do Sistema de Gestão da Qualidade, da Plataforma de Inovação Tecnológica (PITec), do mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos e do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). Além disso, sempre procurou se atualizar, tendo em seu currículo diversos cursos e estágios complementares no Brasil, nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Japão

Não à toa, desde que assumiu a liderança do Ital, no início da atual gestão da Secretaria, Eloísa está à frente de inéditas iniciativas para o fortalecimento institucional no ecossistema de inovação como a concretização do Plano de Desenvolvimento Institucional de Pesquisa (PDIP), que viabilizou até agora a aquisição de 25 novos equipamentos e a execução de quatro bolsas de Mestrado, cinco de Pós-Doutorado e um auxílio Jovem Pesquisador, e a criação do Centro de Inovação em Proteína Vegetal (PRO-VEG), que abriu portas para parceria com o The Good Food Institute (GFI). A diretora geral do Ital também está dentre os mentores do instituto como parceiro especialista do TechStart Food Innovation, programa de aceleração de projetos e startups.

Além disso, Eloísa fez uma série de encontros mensais com cada unidade técnica e administrativa do Ital de maneira alternada com lideranças e com todos os servidores e estagiários para troca de ideias e compartilhamento de conhecimentos. “O ambiente científico é formado por mentes mais abertas, com maior facilidade para as mulheres se desenvolverem e subirem na carreira, mas não posso ser uma boa líder se não estimular a competência e o profissionalismo de todos e dar condições para isso. Acredito que juntos somos mais fortes e somente através do trabalho em equipe conseguimos acompanhar as constantes transformações do setor alimentício, em que buscamos nos manter como referência", ressalta a diretora geral, que conduz a gestão ao lado de mais duas mulheres: Gisele Camargo, diretora de Programação de Pesquisa e vice-diretora, e Claire Sarantópoulos, diretora de Ciência e Tecnologia.

Priscilla Rocha Silva

Outra liderança importante dentro dos Institutos de pesquisa ligados à Secretaria de Agricultura de SP é a diretora geral do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), Priscilla Rocha Fagundes.

Formada em engenharia agronômica pela Universidade Estadual Paulista (Unesp – Botucatu) com mestrado em horticultura pela mesma instituição, Priscilla ingressou como pesquisadora do IEA em 2005 e de 2017 a 2019 ocupou a diretoria do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Estudos Econômicos dos Agronegócios.

“Sou formada em engenharia agronômica e venho de uma turma que tinha poucas mulheres. O campo sempre foi visto como um ambiente masculino, apesar de a mulher sempre ter uma participação importante dentro das propriedades rurais. Estamos, porém, ocupando cada vez mais lugar no setor dos agronegócios e na pesquisa científica. Temos contribuído muito para aproximar o rural do urbano e mostrar a força do setor dos agronegócios”, afirma a cientista, que também é coordenadora do programa Rotas Rurais.

Antes de ingressar no Instituto, Priscilla atuou no Centro de Qualidade em Horticultura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e no programa Hortiqualidade. No IEA, desenvolve pesquisas na área de fruticultura e citricultura.

Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
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