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Nova espécie de ostra é identificada no estuário de Cananeia

Após três anos de pesquisa para sua tese de doutorado, a pesquisadora Márcia Nunes Galvão, do Instituto de Pesca (IP-APTA) vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, descobriu uma nova espécie de ostra no complexo estuarino-lagunar de Cananeia. Das 450 amostras coletadas em ambiente natural, 303 pertenciam à espécie Crassostrea brasiliana e 147 à Crassostrea rhizophorae. Ambas as espécies ocorrem em raízes de mangue na zona de entre-marés.
Por outro lado, em substratos rochosos da zona infralitoral, observou-se somente a presença de C. brasiliana. As ostras de cultivo corresponderam a C. brasiliana, em 100% das amostras. A surpresa foi a ocorrência em coletores comerciais de uma terceira espécie que se agrupou com as ostras do Índico-Pacífico. Não se sabe, ainda, o nome desta espécie exótica encontrada no estuário, somente o gênero. “Assim me refiro a ela como Crassostrea sp”, explica Márcia. O tamanho dos exemplares variou em torno de 1 a 3 cm.
O estudo foi iniciado em 2007, dentro do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes, com estudos de DNA sob a orientação do professor-doutor Alexandre Wagner Silva Hilsdorf.
Para Márcia, a presença de uma espécie exótica, de origem indo-pacífica, no estuário de Cananeia pode ter fortes implicações ecológicas e ambientais, podendo vir a comprometer os estoques naturais das espécies nativas. Ela sugere a adoção de novas condutas para o cultivo, o manejo sustentável e a conservação das espécies para evitar problemas futuros.
Conhecidas como ostras de mangue ou nativas, C. brasiliana e C. rhizophorae abastecem o mercado do Estado de São Paulo. Apenas em Cananeia a produção do cultivo, somada às coletadas em bancos naturais, foi de 177 toneladas em 2011. A espécie que cresce nos costões marinhos não chega a atingir tamanho bom para o consumo.
Para proteger as espécies, existem o defeso, que vai de 18 de dezembro a 18 de fevereiro, e a proibição da extração de ostras inferiores a 5 centímetros e superiores a 10 centímetros. As menores apresentam baixo rendimento de carne e as maiores são reprodutoras em potencial. As medidas de proteção são criadas graças às constantes pesquisas dos cientistas preocupados com a estabilidade dos estoques.  F
Fonte: www.jornalmartimpescador.com.br
Centro de Comunicação do Instituto de Pesca
Antonio Carlos Simões
(13) 3261-5474
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(110 5067-0424
 

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