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Nova variedade de sorgo-vassoura é apresentada pelo IAC na Agrifam

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, apresentou a variedade de sorgo-vassoura IAC 10V60 Tietê na Agrifam 2015. O material, ideal para a produção de vassoura caipira, foi registrado pelo IAC no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 2015. Agora, os pesquisadores do Instituto poderão disponibilizar aos agricultores semente genética de alta qualidade. Além do IAC 10V60, o Instituto registrou as variedades IAC 10V70 Saltinho e IAC 10V50 Campinas. Durante a Agrifam, os agricultores puderam aprender como são feitas as vassouras caipiras no estande da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A variedade de sorgo-vassoura IAC 10V60 Tietê apresenta panículas com 60 centímetros de palha flexível, o que a torna ideal para a produção de vassouras caipiras. “Quanto mais comprida a palha, mais interessante para o consumidor, pois a vassoura dura mais”, explica o pesquisador do IAC Eduardo Sawazaki. O sorgo-vassoura é cultivado em pequenas áreas, requer mão-de-obra considerável e rende mais por área do que algumas culturas tradicionais.

A vantagem da produção de sorgo-vassoura para os pequenos e médios produtores rurais está em sua agregação de valor. “Cada vassoura caipira tem um custo de produção de R$ 6 a R$ 10 reais. Para a produção de uma vassoura, são usados 600 gramas de palha de sorgo, daí o interesse por esses materiais”, afirma Sawazaki. Os preços da palha e da própria vassoura estão em elevação há vários anos.

A IAC 10V60 produz em média 1,5 toneladas de palha seca por hectare e pode ser cultivado em todas as regiões do País. O sorgo vassoura é uma planta rústica e não é necessária a aplicação de defensivos agrícolas. “O sorgo-vassoura produz panículas de boa qualidade mesmo quanto cultivado em solos marginais supridos moderadamente por nutrientes e tolera bem monoculturas repetidas em uma mesma área”, explica Dulcineia Elizabete Foltran, pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), integrante das pesquisas com a gramínea. Segundo a pesquisadora, o período chuvoso na fase de amadurecimento das panículas pode afetar a qualidade da palha devido à ação de fungos.

A variedade IAC 10V60 já é utilizada pelos produtores paulistas, principalmente no município de Tietê. Com o registro no MAPA, o IAC pode começar a disponibilizar sementes de alta qualidade, melhorando a produção dos agricultores. Os interessados nas sementes podem entrar em contato com o Instituto.

O sorgo-vassoura foi introduzido no Brasil pelos imigrantes europeus e se espalhou pelo País. Na década de 1930, existiam 17 fábricas de vassoura de sorgo no Estado de São Paulo e parte da palha utilizada era importada da Argentina, Itália e Uruguai. Essa indústria floresceu até o surgimento da fibra sintética, quando as vassouras de plástico foram tomando conta do mercado e as fábricas de vassoura de sorgo desaparecendo. “A produção de fibra e a técnica de confecção da vassoura foram preservadas em algumas localidades. Em Tietê, essa atividade é mantida por mão de obra familiar, especialmente pelos membros mais velhos”, explica Dulcineia.

 

Texto: Carla Gomes (MTb 28156) e Fernanda Domiciano

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Assessoria de Imprensa

Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Instituto Agronômico (IAC)

(19) 2137-0613

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